Cotidiano

Nível dos sistema Cantareira cai a 11,7%, novo recorde

Em abril, o volume de chuvas armazenado sobre a região do Cantareira soma 84 milímetros, total que corresponde a 94% da média previsto para o mês

Publicado em 23/04/2014 às 14:09

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Responsável pelo abastecimento de 47% da região metropolitana de São Paulo, o Sistema Cantareira bateu nesta quarta-feira novo recorde negativo de capacidade. É o segundo dia consecutivo que o nível do reservatórios registra uma nova marca mínima histórica. Segundo dados da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), o volume de água armazenado no sistema corresponde a 11,7% da capacidade total das reservas, recuo de 0,2 pontos porcentuais na comparação o índice observado ontem.

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Em abril, o volume de chuvas armazenado sobre a região do Cantareira (na divisa com os Estados de São Paulo e Minas Gerais) soma 84 milímetros, total que corresponde a 94% da média previsto para o mês.

Os sistemas Alto Tietê e Guarapiranga, utilizados desde o início do ano para abastecer regiões antes atendidas pelo Cantareira, estão com 36,5% e 78,9% da capacidade dos reservatórios, respectivamente. No começo da semana, o governo estadual, acionista majoritário da Sabesp, anunciou que também utilizará o sistema Rio Grande, na região do ABC paulista, nessa integração. Hoje, o nível das reservas do Rio Grande é de 95,6%.

Além da transferência do abastecimento, a concessionária tem adotado uma série de medidas a fim de evitar um racionamento de água na Grande SP. Em fevereiro, a companhia implementou um programa de descontos para incentivar a redução do consumo. Um mês depois, anunciou um investimento de RS 80 milhões para exploração do volume morto do Sistema Cantareira.

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Responsável pelo abastecimento de 47% da região metropolitana de São Paulo, o Sistema Cantareira bateu nesta quarta-feira novo recorde negativo de capacidade (Foto: Robson Fernandes)

Ontem, a Sabesp disse que vai encaminhar à Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo (Arsesp) proposta de um "acréscimo" na conta dos consumidores que aumentarem o seu consumo de água, com o objetivo de penalizar o gasto excessivo. A multa será cobrada com base na média do consumo nos doze meses de 2013. A concessionária ainda não divulgou o valor da cobrança, tampouco o período de sua vigência.

Em paralelo, a administração da companhia aperta suas contas para minimizar os impactos da crise hídrica no desempenho financeiro deste ano. Oficialmente, a Sabesp já informou que cortará R$ 900 milhões entre custos e investimentos em 2014.

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