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O volume de água armazenado nos reservatórios do Sistema Cantareira registrou, mais uma vez, novo recorde negativo nesta quinta-feira. O índice caiu 0,3 p.p para apenas 17,9% da capacidade total das reservas, ante o nível de 18,2% registrado ontem.
Segundo dados da Sabesp, não choveu na região das bacias hidrográficas que compõem o Cantareira, na divisa entre São Paulo e Minas Gerais. A pluviometria acumulada em fevereiro permanece em 48,7 milímetros (mm), equivalente a 24% da média histórica de chuvas para o mês. O Sistema Cantareira é responsável pelo abastecimento de 8,8 milhões de consumidores, o que corresponde a quase metade da área de atendimento da concessionária na região da Grande São Paulo.
Já o Sistema Alto Tietê abastece 3,3 milhões de clientes e, desde janeiro, a Sabesp utiliza água do sistema para atender outros 1,6 milhões de consumidores na zona leste, antes abastecida pelo Cantareira. Nesta quinta-feira, o índice de reservas do Alto Tietê caiu para 39,9% da capacidade.
O nível do Sistema Cantareira, abaixo dos 20%, é considerado crítico. Ainda assim, no último final de semana, o governador Geral Alckmin descartou totalmente a possibilidade de um racionamento de água na região metropolitana de São Paulo.
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Além de transferir parte do abastecimento para outros sistema, no início de fevereiro a Sabesp adotou uma política de descontos para incentivar a redução do consumo de água. A campanha prevê um desconto de 30% para os consumidores do Sistema Cantareira que reduzirem em 20% o seu gasto médio mensal.
A concessionária também firmou um contrato no valor de R$ 4,5 milhões com a empresa Modclima para tentar induzir chuvas sobre o sistema. Também para tentar evitar um racionamento, a Sabesp estuda as melhores alternativas para captação do volume morto (volume abaixo do sistema de captação) do Cantareira. A reserva adicional é de 400 milhões de metros cúbicos.
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Segundo especialistas do setor de saneamento, a maior preocupação da empresa é com o abastecimento durante o período seco, de abril a setembro.