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O nível dos reservatórios do Sistema Cantareira apresentou queda de 0,2 ponto porcentual pelo segundo dia consecutivo nesta quarta-feira, 26, caindo para apenas 14,1% da capacidade total das reservas. Segundo dados da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), a marca é a pior já registrada desde o início da operação do sistema, em 1974. No ano passado, o mesmo índice era de 61,6%.
O Cantareira é responsável por 47% do abastecimento de toda Grande São Paulo e cerca de 9 milhões de clientes da Sabesp são atendidos pelo sistema. Para garantir o abastecimento de água na região, a concessionária transferiu o abastecimento de aproximadamente 3 milhões desses consumidores para os sistemas Alto Tietê e Guarapiranga. Desde o início da medida, o volume de água do Alto Tietê diminuiu 8,6 pontos porcentuais e hoje está em 37,9%.
Em meio à crise hídrica, a Secretaria de Saneamento e Recursos Hídricos do Estado de São Paulo (SSRH) anuncia nesta quarta o início da cobrança para captação de água da Bacia Hidrográfica do Alto Tietê. Um dos objetivos, segundo a pasta, é incentivar o uso racional de água. A medida, que vale também para quem despeja esgoto nos corpos d'água, afeta principalmente as empresas de saneamento básico, como a Sabesp.
O valor que a concessionária será obrigada a pagar pela exploração de água na região ainda não foi divulgado, mas o cálculo terá como base as outorgas concedidas pelo Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE) e deve considerar a vazão de captação utilizada. O objetivo da pasta é arrecadar cerca de R$ 24 milhões ainda em 2014 e R$ 40 milhões anuais a partir de 2016. Os recursos devem financiar programas e obras na bacia do Alto Tietê.
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