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O nível dos reservatórios do Sistema Cantareira voltou a bater novo recorde negativo de capacidade nesta terça-feira, 22, caindo para 11,9%, exatamente dez dias após ter registrado a marca mínima anterior, de 12%. Segundo dados da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), na mesma data do ano passado o volume de água armazenado nas reservas correspondia a 63,7% da sua capacidade total.
Relatório diário do comitê anticrise que monitora o Cantareira mostra uma situação ainda mais crítica nos principais reservatórios do sistema. Consideradas o coração do manancial, as represas Jaguari e Jacareí estão com apenas 4,2% da capacidade. Juntas, elas representam 82% da capacidade total do sistema, responsável pelo atendimento de cerca de metade da região metropolitana.
Multa
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Em mais uma tentativa de garantir o abastecimento de água na Grande São Paulo e evitar a adoção de um racionamento, o governo estadual, acionista majoritário da Sabesp, anunciou que multará, a partir de maio, quem elevar o consumo de água. Ainda em estudo, o programa deve sobretaxar em 30% quem aumentar o consumo em 20%, seguindo a mesma lógica da programa de bônus. Desde fevereiro, os consumidores que reduzem em 20% o seu gasto mensal de água obtêm um desconto de 30% nas tarifas.
Além da multa e da bonificação, a concessionária investiu R$ 80 milhões em infraestrutura para captação do chamado volume morto do sistema Cantareira (a água represada abaixo do nível de operação dos reservatórios). A Sabesp também trabalha, desde o início do ano, com um sistema de integração entre os sistemas. Até agora, a companhia já transferiu parte do abastecimento da região atendida pelo Cantareira para as represas do Alto Tietê, Guarapiranga e Rio Grande.
Apesar das medidas, concessionária e governo não descartam a hipótese de um racionamento de água ainda este ano. "Se (o rodízio) for necessário será feito", afirmou nesta segunda-feira, 21, em Franca, o governador Geraldo Alckmin (PSDB).
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