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O nível de água nos reservatórios que constituem o Sistema Cantareira, responsável pelo abastecimento de quase 9 milhões de pessoas na região metropolitana de São Paulo, continua caindo. Nesta segunda-feira, 17, o volume armazenado recuou para 15,0%, novo recorde de baixa. No domingo, a reserva era de 15,2%. Já há um ano, a marca era de 58,9%, de acordo com dados de monitoramento feito pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp).
O principal motivo para a queda é a escassez prolongada de chuva sobre as reservas, que se estendem desde o norte da cidade de São Paulo até o sul do Estado de Minas Gerais. A quantidade de chuva sobre essa região atingiu 128,2 milímetros (mm) em março, o equivalente a apenas 69% da média histórica no mês. No começo do ano, a estiagem foi ainda mais grave. Em fevereiro e janeiro choveu apenas 36,0% e 33,8% da média nesses meses, respectivamente.
Apesar da situação ainda crítica, o governador do Estado, Geraldo Alckmin (PSDB), negou na sexta-feira, 14, que a Sabesp esteja reduzindo o fornecimento em algumas partes da cidade de São Paulo por causa dos baixos níveis de reserva do Sistema Cantareira. No entanto, alguns moradores reclamam que o corte de água vem se repetindo nos últimos dias.
No começo de fevereiro, a Sabesp anunciou uma campanha para estimular a redução no consumo, oferecendo desconto de 30% na conta de quem economizar 20% do seu consumo de água, devido a falta de chuvas. Além disso, a companhia está providenciando a instalação de equipamentos para captar a água do chamado "volume morto" do Sistema Cantareira, um volume adicional que fica no fundo dos reservatórios.
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