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O volume de água armazenado nos reservatórios do Sistema Cantareira registrou mais uma queda nesta terça-feira, 18, de 0,1 ponto porcentual, passando para 14,9% da sua capacidade total, novo recorde negativo. De acordo com dados da Companhia de Saneamento Básico de São Paulo (Sabesp), há um ano o índice era de 59,4%.
A escassez prolongada deste verão é a principal causa para os baixos níveis do sistema. Em janeiro, choveu apenas 36% da média histórica prevista para o mês. No mês de fevereiro, a pluviometria acumulada sobre o Cantareira alcançou apenas 33,8% do previsto. Em março, o volume de precipitações está dentro da média, tendo chovido até hoje cerca de 79% do esperado para o mês. As chuvas, no entanto, não foram suficientes para a recuperação dos mananciais.
A maior preocupação do comitê anticrise, formado pela Agência Nacional de Águas (ANA) e pelo Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE), é com o início do período seco, agora em abril. Com a redução do volume já insuficiente de chuvas, os níveis críticos do Cantareira devem cair ainda mais. Se mantido o pior cenário de escassez, o comitê estima que o esgotamento do volume útil do sistema acontecerá em julho, mês da Copa do Mundo.
A alternativa passaria a ser a exploração do volume morto, que fica abaixo dos níveis operacionais das reservas. A Sabesp já anunciou o investimento de R$ 80 milhões para explorar os cerca de 400 milhões de metros cúbicos armazenados nos fundos do reservatórios. A previsão é de que as obras terminem em maio.
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Paralelamente, a concessionária adotou uma série de medidas para garantir o abastecimento da Grande São Paulo. Além de incentivar a redução do consumo de água com descontos nas tarifas, a Sabesp vai transferir o atendimento de até 3 milhões dos 8,8 milhões de consumidores abastecidos pelo Cantareira para os Sistemas Alto Tietê e Guarapiranga. Nesta terça, o índice do Alto Tietê estava em 37,8%, e o do Guarapiranga em 76,1%.
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