Cotidiano

Nível de água do Cantareira tem nova baixa

Se depender das condições climáticas, a crise hídrica não será solucionada no curto prazo, embora exista a previsão de volta à normalidade de chuvas

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 06/10/2014 às 12:29

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O volume de água do Sistema Cantareira, o principal manancial de abastecimento de São Paulo, teve nova baixa hoje (6), com o nível passando de 6% para 5,8%, o menor de toda a história, segundo o monitoramento diário feito pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp).

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Se depender das condições climáticas, a crise hídrica não será solucionada no curto prazo, embora exista a previsão de volta à normalidade de chuvas. “O consenso nas discussões climáticas é que as chuvas devem voltar a ocorrer regularmente ainda este mês”, disse a meteorologista Helena Turon Balbino, do 7º Distrito do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

Ela, no entanto, informou que até a próxima sexta-feira deve predominar o tempo mais seco sobre as regiões onde ficam as nascentes que alimentam o Sistema Cantareira: sul de Minas Gerais, norte do Estado de São Paulo e Vale do Paraíba. Segundo a meteorologista, o vento soprado do oceano em choque com o aumento da temperatura pode até provocar alguns períodos de instabilidade na próxima quarta-feira (8), porém, de fraca intensidade.

Volume de água do Sistema Cantareira chega a 5,8%, o menor de toda a história (Foto: Divulgação/Sabesp)

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A média histórica de acumulado de chuva em outubro é de 130,8 milímetros (mm). Mas, nos seis primeiros dias do mês, choveu bem menos do que em igual período do ano passado, 0,4 mm ante 53,6 mm.

A saída para evitar o racionamento tem sido o uso da primeira cota da reserva técnica, chamado de volume morto, a água que é retirada por bombeamento e que fica abaixo do nível de captação por gravidade. Essa estratégia em operação desde 16 de maio último, quando a reserva útil tinha baixado para 8,2%, deve se esgotar no próximo dia 21 de novembro.

Em razão disso, a Sabesp solicitou autorização para recorrer à segunda cota da reserva técnica. Mas, para avaliar essa liberação, a Agência Nacional de Águas (ANA) exigiu a apresentação de um plano contendo as ações a serem seguidas até abril do próximo ano. O prazo para a apresentação do documento termina hoje (6). A Sabesp informou que não iria se pronunciar a respeito. Procurada pela Agência Brasil, a ANA não confirmou o recebimento do plano.

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