Cotidiano

Nível baixo do Rio Paraíba do Sul não afetará abastecimento de água no estado

Conforme o presidente da Agência de Meio Ambiente de Resende, Wilson Moura, é preciso que chova em quantidade suficiente para suprir a falta de água no Paraíba do Sul

Publicado em 03/11/2014 às 16:27

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A estiagem que castiga a Bacia do Rio Paraíba do Sul, responsável pelo abastecimento de água de toda Região Sudeste, vem se agravando e o nível dos reservatórios está bem abaixo do normal para a época do ano. Conforme o presidente da Agência de Meio Ambiente de Resende, Wilson Moura, é preciso que chova em quantidade suficiente para suprir a falta de água no Paraíba do Sul, o que deve ocorrer apenas em maio de 2015.

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Segundo ele, a Represa do Funil, em Itatiaia, sul fluminense, deveria operar entre 70% e 80%, mas também está abaixo do normal, com 20% de sua capacidade. O Rio Paraíba do Sul é fundamental para o estado do Rio, pois abastece quase 80% do Grande Rio. De acordo com Wilson Moura, o início de chuvas na região garantirá o nível dos reservatórios.

"Temos de levar em consideração o período intenso de calor, consequentemente o aumento no consumo de água. O reservatório ainda opera abaixo de 20% e, mesmo com as chuvas previstas para os próximos dias, o nível não subirá muito. O reservatório está baixo, mas precisamos da chuva para mantê-lo. É preciso que a água caia nos lugares certos, nas nascentes e áreas que alimentam as represas", avaliou.

Estiagem castiga o rio Paraíba do Sul, na cidade de Barra do Piraí, no estado do Rio de Janeiro (Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil)

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A falta de água pode ocorrer em cidades que captam próximo à margem, direto do Paraíba do Sul. Elas podem sofrer problemas pela redução da vazão do Paraíba do Sul, mas, de acordo com o presidente da Companhia de Águas e Esgotos do Estado (Cedae), Wagner Victer, muitas não são atendidas pela Cedae. Victer garantiu que, mesmo com o baixo nível dos reservatórios, não haverá impacto na região metropolitana do Rio. 

"O Sistema Guandu é fruto de uma tranposição que não trabalha com reservatório. O planejamento da Cedae começou há dois anos, quando iniciamos o reposicionamento das captações. Na região metropolitan, capital e Baixada Fluminense, não há qualquer problema. Nosso sistema está produzindo normalmente, até acima da histórica produção", ressaltou Victer.

Em nota, a concessionária de energia elétrica Light informou que o abastecimento não sofrerá impacto. Conforme a empresa, qualquer alteração será compensada pelo Sistema Interligado Nacional. Acrescentou que "mantém o fornecimento de energia normal para os 4 milhões de clientes em toda a área de concessão da companhia, que atua em 31 municípios do estado do Rio de Janeiro, incluindo a capital.

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