Cotidiano

Nitrato de Amônio: duas vezes Hiroshima no Porto de Santos

A OAB Santos oficiou autoridades sobre a segurança do transporte e armazenamento do nitrato de amônio mônio, cuja quantidade que chega ao porto santista, a cada navio, é dez vezes maior que a de Beirute

Da Reportagem

Publicado em 08/08/2020 às 15:28

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Porto de Santos. / Arquivo/Agência Brasil

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O presidente da OAB Santos, Rodrigo Julião, oficiou ontem (7), a Presidência da República, o Ministério Público Federal, o Ministério da Defesa e o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais – IBAMA, sobre o transporte e armazenamento do nitrato de amônio.

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Produto químico utilizado como fertilizante, herbicida e inseticida, a substância é também a base para a produção de explosivos. “O grau de perigo é tal que o Exército acompanha o transporte e o armazenamento. Infelizmente, os desembarques de navios que transportam esse produto, não vem sendo fiscalizados pelos órgãos públicos competentes e, muito menos, assistidos pelo Corpo de Bombeiros”, alerta Julião.

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Mais que Hiroshima

A quantidade de nitrato de amônio que chega ao Porto de Santos fica em torno de 27.000 a 30.000 toneladas por navio. A quantidade que assolou Beirute  foi estimada em 3.000 toneladas.

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A carga libanesa do nitrato de amônio foi comparada a 20% do poder de destruição da bomba de Hiroshima. “Se recebemos 30.000 toneladas a cada navio, significa que desafiamos a sorte permanecendo sobre duas bombas atômicas", afirma Rodrigo.

O presidente da OAB Santos solicitou resposta das autoridades em caráter de urgência. “Beirute nos alertou sobre uma realidade muito próxima a cada um de nós. A Baixada Santista precisa de respostas e vamos cobrá-las a quem de direito".

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