Cotidiano

Negociações na Líbia pausam para consultas em meio a sinais de progresso

Desde a morte do antigo ditador Muamar Kadafi, em 2011, o país está fragmentado em diferentes milícias rivais e agora tem dois governos: um no leste e outro no oeste

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 07/03/2015 às 16:46

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Representantes dos governos rivais da Líbia voltaram a suas bases no país para consultas sobre propostas para encerrar a crise no país. As proposições são resultado de três dias de conversas apoiadas pelas Nações Unidas no Marrocos. As negociações se encerraram neste sábado.

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Desde a morte do antigo ditador Muamar Kadafi, em 2011, o país está fragmentado em diferentes milícias rivais e agora tem dois governos: um no leste e outro no oeste.

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Os esforços da ONU para reunir os dois lados ganharam urgência extra em razão da insurgência de grupos aliados ao radical Estado Islâmico e também por conta de um fluxo migratório vindo da África para a Europa pela costa Líbia.

"As partes estão determinadas a resolver suas diferenças e têm trabalhado em propostas concretas", disse comunicado da ONU.

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Embora esta já seja a quarta rodada dessas conversas, é a primeira vez que representantes de cada um dos dois governos rivais estão negociando ativamente. Eles discutem uma forma de governo de união nacional e arranjos de segurança para retirar milícias de cidades e aeroportos.

Enquanto cada delegação ainda se reunia em separado com negociadores, o enviado da ONU Bernardo Leon disse que os dois lados tiveram uma simbólica reunião cara a cara neste sábado.

As propostas agora serão apresentadas para os respectivos governos e as conversas devem recomeçar no meio da semana, disse o porta-voz da ONU Samir Ghattas. As partes devem voltar ao Marrocos com sugestões sobre quem deve liderar o novo governo.

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De acordo com um diplomata dos Estados Unidos próximo das negociações, a deterioração na situação de segurança, incluindo os ataques a campos de petróleo nos últimos dias, levaram os participantes a chegarem mais perto de um acordo. "Nós precisamos chegar a um acordo, precisamos seguir em frente", disse o diplomata sob a condição de anonimato porque não tinha autorização para falar com a imprensa.

Ataque

Homens armados atacaram um campo de exploração de petróleo no centro da Líbia, deixando oito seguranças mortos, informou a estatal National Oil Corporation (NOC). A empresa informou neste sábado que evacuou todas as equipes de 11 campos no centro do país após o ataque.

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Dois cidadãos europeus ficaram desaparecidos do campo de Ghani depois do ataque. Um cidadão tcheco e outro austríaco desapareceram do local, segundo informou um oficial de relações exteriores da República Tcheca. Ambos estavam trabalhando para companhias internacionais de petróleo na Líbia.

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