Cotidiano

Negociações entre Israel e Hamas progridem pouco

As partes têm até a meia noite da quarta-feira, quando acaba o cessar-fogo temporário de 72 horas, para chegarem a um acordo

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 12/08/2014 às 21:14

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Tanto Israel como o Hamas disseram nesta terça-feira que, apesar dos esforços para chegarem a um acordo, as negociações para o fim do conflito na Faixa de Gaza progrediram muito pouco. As partes têm até a meia noite da quarta-feira, quando acaba o cessar-fogo temporário de 72 horas, para chegarem a um acordo.

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Moussa Abu Marzouk, um oficial de alto escalão do Hamas, chegou a dizer que este cessar-fogo temporário seria o último e que o diálogo teria que produzir alguma medida palpável na redução do bloqueio econômico de Israel a Gaza. Ele afirmou que, embora difícil, a discussão tem sido "séria".

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Um oficial do governo de Israel que não pôde se identificar afirmou que "se houver uma completa interrupção das hostilidades é claro que nós estaremos abertos a discutir a abertura das restrições". Ele, porém, não se mostrou esperançoso. "Não posso dizer que houve qualquer tipo de progresso."

A imprensa israelense divulgou nesta terça-feira que o governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu já havia oferecido concessões na negociação. As reportagens, que citam uma autoridade de Israel, afirmam que, em troca de garantias de segurança, os representantes do país concordaram com a expansão da zona de pesca liberada para palestinos, com a autorização de mais viagens entre a Faixa de Gaza e a Cisjordânia e com o aumento do número de caminhões que podem entrar na região. Israel também teria permitido a entrada de dinheiro em Gaza para o pagamento de salários de funcionários do governo controlado pelo Hamas. Os representantes palestinos, no entanto, não confirmaram as declarações.

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Os negociadores israelenses se recusaram a discutir os pedidos do Hamas para que seja construído um porto ou um aeroporto na Faixa de Gaza, afirma a imprensa do país. Israel pede a desmilitarização de Gaza e um monitoramento mais intenso das importações que chegam à região para evitar a entrada de ferramentas usadas para a construção de túneis e outras infraestruturas militares.

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