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As negociações deste fim de semana entre a Grécia e a Comissão Europeia terminaram sem que as partes chegassem a um acordo, e a questão da ajuda ao país ficará agora nas mãos dos ministros de finanças da zona do euro, disse uma porta-voz da comissão, Annika Breidthardt.
As conversações tinham como objetivo reduzir as diferenças entre os planos das autoridades gregas e as exigências dos credores internacionais do país. Essas diferenças precisam ser resolvidas dentro de duas semanas para evitar um possível calote grego. Os credores querem que o país se comprometa a realizar novas reformas econômicas como condição para liberar os 7,2 bilhões de euros restantes no fundo de ajuda à Grécia.
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O plano de reformas e cortes de gastos apresentado pelo governo grego ainda está cerca de 2 bilhões de euros aquém das exigências de seus credores, disse Breidthardt. "Além disso, as propostas gregas estão incompletas."
As negociações com a Grécia só devem ser retomadas na quinta-feira, quando ministros de finanças da zona do euro se reúnem em Luxemburgo, disse.
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Uma autoridade do governo grego que pediu para não ser identificada disse que a Grécia nunca vai aceitar cortes em pensões e salários de funcionários públicos ou aumento de impostos sobre necessidades básicas como eletricidade.
Segundo ele, representantes do Fundo Monetário Internacional (FMI) insistem em uma economia de aproximadamente 1,8 bilhão de euros com pensões e a folha de servidores, além de um aumento de mesmo valor na arrecadação de impostos sobre valor agregado. "Essas medidas afetam as classes populares e os empregados", disse.
Ele acrescentou que a Grécia submeteu propostas que atendem às exigências dos credores em relação a um superávit primário, mas que não comprometem o crescimento.
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O vice-chanceler e ministro da Economia da Alemanha, Sigmar Gabriel, disse que o processo de tentar encontrar um acordo com a Grécia está começando a ficar "ridículo".
Em artigo que será publicado no jornal alemão Bild nesta segunda-feira, Gabriel disse que está perdendo a paciência com a Grécia e com seu "governo comunista".
"Mais e mais pessoas se sentem enganadas" pelo governo da Grécia nas "aparentes" tentativas "para chegar a um acordo", disse ele no artigo.
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