Cotidiano

Não só o camarão, mas cações pescados no litoral também estão contaminados

Estudo foi publicado no Science of the Total Environment, sendo realizado por cientistas brasileiros

Gabriel Fernandes

Publicado em 10/03/2025 às 12:21

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Tubarões-bico-fino (Rhizoprionodon lalandii), o popular cação, estão contaminados / Rosa Laura/biodiversity4all

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Em um recente estudo publicado no período Science of the Total Environment, cientistas brasileiras revelaram indícios que os tubarões-bico-fino (Rhizoprionodon lalandii), o popular cação, estão expostos à cocaína nas águas costais do Rio de Janeiro.

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Durante o estudo foram encontrados resquícios da droga em seus músculos e fígados. A pesquisa foi motivada pelo fato destes animais passarem a vida inteira em águas costeiras.

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Segundo o ecotoxicólogo Enrico Mendes Saggioro, do Instituto Oswaldo Cruz, sugeriu que estes animais podem estar entre as espécies com mais chances de absorver a droga, em casos diretamente da água, dos peixes que comem ou de pacotes de droga.

A população que consome este tipo de tubarão brasileiro tende a ser composta por jovens e adultos. Eles medem cerca de 52 centímetros de comprimento e pesam menos que um litro de leite.

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Pesquisa

Para análise no resultado final, a equipe comprou 13 tubarões de pequenas embarcações de pesca que focam nesta e em outras espécies. Então, foram realizados testes nos tecidos dos músculos e dos fígados usando uma técnica chamada cromatografia com espectrometria de massa.

As amostras tiveram resultados positivos para contaminação, com algumas concentrações 100 vezes maiores do que já foi reportado sobre outras espécies aquáticas. 

As fêmeas analisadas estavam grávidas, mas ainda não se sabe qual efeito a exposição à cocaína pode ter nos fetos.

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O estudo também não revelou o efeito da cocaína no comportamento dos tubarões.

Como esses peixes fazem parte da alimentação popular no Brasil, eles podem causar sérios riscos à saúde, caso estejam contaminados.

Camarões

Uma pesquisa recente feita pela Universidade Estadual Paulista (Unesp), revelou um alarmante para o litoral paulista: entre 80% e 90% do camarão-sete-barbas pescado na região do litoral de São Paulo está contaminado por microplásticos.

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O estudo foi feito com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), e está focado em avaliar os impactos ecológicos e os possíveis riscos à saúde humana.

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