Cotidiano
"Nós precisamos dos investimentos privados, não podemos criar um sistema de regulação que leve o investidor a ter prejuízo. Não podemos ter preconceito com o lucro em um país capitalista”, disse
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Em sabatina na Confederação Nacional da Indústria (CNI), o candidato à Presidência da República, Eduardo Campos (PSB), defendeu as parceiras público-privadas e medidas para atrair recursos privados, com objetivo de aumentar a relação dos investimentos com o Produto Interno Bruto (PIB).
“Desde 2002 que a infraestrutura pública e privada não passa de 2,5% do PIB. Nós precisamos elevar isso para entre 4% e 5%. Para isso, não podemos ter preconceito. Nós precisamos dos investimentos privados, não podemos criar um sistema de regulação que leve o investidor a ter prejuízo. Não podemos ter preconceito com o lucro em um país capitalista”, disse.
Para alcançar esse objetivo, Eduardo Campos ressaltou que irá promover a reforma tributária. Na análise dele, os governos anteriores não conseguiram fazer a reforma e a economia continua atrelada a um sistema tributário “arcaico” e do “século 19”. O candidato disse ter ciência que “não se faz a reforma tributária da noite para o dia” e que enfrentará resistência de quem pensa em “ganhos imediatos”, mas que é possível fazer de maneira pragmática.
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O presidenciável também defendeu retomada de investimentos em pesquisa e desenvolvimento, agenda que deve ser comandada pelo presidente da República. Para o candidato do PSB, a educação é o passo fundamental.
De acordo com ele, é preciso nivelar os currículos escolares e a qualidade do ensino, “acabar com apartheid entre escola do rico e escola do pobre”. Uma das propostas do candidato é estender o ensino integral a todo o país.
“A escola de tempo integral em Pernambuco [estado que foi governado por Eduardo Campos] é a prova que há dinheiro sim, o que falta é a decisão política de fazer. De valorizar a escola como lugar e espaço onde Brasil vai decidir seu futuro. Vamos fazer ensino integral valer para pessoas dos mais variados recantos desse país”, disse, acrescentando que a educação é um dos pilares para que o país atinja o nível de produtividade esperado pelos empresários e governo, além de estar alinhada com medidas de incentivo à inovação.
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Ao destacar avanços regulatórios, como a criação da Lei de Inovação e a Lei do Bem, Campos disse que muitas medidas estagnaram. “Tivemos avanço e paramos. Retrocedemos no percentual de inovação em relação ao PIB”. Para o candidato, o tema deve ser tratado como política de Estado. “É o caminho mais curto para impactar na produtividade. As empresas brasileiras ainda são muito tímidas em relação à inovação. O Brasil aprendeu a transformar dinheiro em pesquisa e ainda precisa aprender a transformar pesquisa em dinheiro”, disse.