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A ONU aprovou uma agenda de desenvolvimento sustentável global que, ao contrário dos Objetivos do Milênio, inclui os países desenvolvidos no cumprimento de metas para 2030.
O documento propõe 17 objetivos para acabar com a pobreza, proteger o ambiente e oferecer educação de qualidade, entre outros. A agenda serve como uma espécie de acordo de princípios entre os Estados-membros, mas sua aplicação encontra barreiras.
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A primeira delas é o financiamento. Os países não são obrigados a investir em projetos multilaterais e raramente cumprem suas promessas de destinação de recursos, com exceção do Reino Unido.
Por isso, países pobres têm dificuldades de viabilização.
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A segunda barreira é a resistência a medidas de combate às mudanças climáticas. O engajamento de grandes economias como a chinesa, a maior poluidora do planeta, ainda gera desconfianças.
No Brasil, os esforços do governo têm sido vistos com ceticismo por ambientalistas. No meio empresarial, indústrias como a do aço mostram mais resistência a adotar práticas sustentáveis.
Metas para o clima
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O governo fechou o pacote de clima que apresentará neste domingo (27) na ONU e no fim do ano na conferência do clima das Nações Unidas, em Paris, na última hora.
Com outras prioridades no Brasil, a presidente Dilma Rousseff deixou a ONU antes da abertura da cúpula de desenvolvimento sustentável para definir com assessores as metas numéricas que o país fixará para reduzir a emissão de gases estufa, o INDC. O prazo estipulado pela ONU para os países anunciarem seus números acaba dia 1º de outubro.
Promessas
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, disse que os objetivos representam "a promessa de líderes" para "as pessoas e o planeta".
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A agenda prevê participação da sociedade civil e da iniciativa privada mais ativa que nos Objetivos do Milênio.
Jorge Soto, diretor de desenvolvimento sustentável da Braskem (empresa do setor químico do grupo Odebrecht) e representante empresarial brasileiro no evento, disse que a expectativa é que as metas inspirem políticas públicas e norteiem investimentos privados. O objetivo 9 estipula a promoção da "industrialização sustentável".
Para o pesquisador do instituto Brookings John McArthur, "será preciso uma quantidade considerável de diálogo para traduzir o acordo internacional em formas práticas de implementação".
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A Agenda 2030 nasceu na Conferência Rio+20.
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