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Embora a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) tenha negado ao jornal O Estado de S. Paulo, na semana passada, estar fazendo racionamento de água, moradores de bairros da zona norte da capital e da Região Metropolitana continuam relatando falta de abastecimento durante as madrugadas.
"Nesta semana fiquei todos os dias sem água da meia-noite às 10h. Quero ver até quando isso vai continuar", disse a cabeleireira Ana Souza, moradora da Rua dos Filhos da Terra, no Jaçanã. "Só consigo tomar banho por causa da caixa d’água. E a descarga não enche. Então, de manhã, eu e meu filho temos de usar o banheiro para só depois dar a descarga", relata.
A cerca de 6 quilômetros dali, na Vila Ede, região da Vila Gustavo, a diarista Morgana Cristina Moreira Lopes enfrenta o mesmo problema. "Eu tomo banho nas casas das patroas. Mas meus filhos estão tendo de se virar com balde e uma canequinha. Ainda bem que está calor."
Moradora de Osasco, na Região Metropolitana, a zeladora Kátia Simões teme perder eletrodomésticos. "Se eu ligar a máquina de lavar e não tiver água, ela vai ‘pifar’. E a Sabesp é que não vai me dar outra", reclama. "Enquanto isso, nos bairros ricos tem gente lavando a calçada com mangueira."
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Procurada pela reportagem, a Sabesp alegou não ter tempo hábil para enviar técnicos aos endereços citados e verificar o que acontecia. Na semana passada, quando o jornal O Estado revelou os problemas no abastecimento, quatro endereços foram enviados para que a companhia verificasse o porquê da falta d’água e até hoje não houve resposta.
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