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O número de ausências de professores da rede municipal de São Paulo em 2013 se manteve na mesma média dos últimos quatro anos. No ano passado, os 61.855 docentes tiveram 1,77 milhão de ausências. É como se, na média, cada professor tivesse faltado 29 dias no ano. Em 2012, essa média foi de 28 dias.
Os índices são considerados preocupantes pela Prefeitura de São Paulo, que tem demonstrado esforço para tentar reduzi-los. Ações, como o novo cálculo do PDE, têm causado indisposição entre os professores. "Esse tipo de armadilha quebra a relação de confiança com a administração que já era mínima ou zero e leva à radicalização dos profissionais", informou em nota em seu site o Sindsep, um dos sindicatos dos servidores.
O número de ausências soma quase 15% do total de dias letivos de aula obrigatória. A maior parte das ausências é de licenças médicas, representando 43% do total de dias. Foram 769 mil dias de ausências desse tipo. Em seguida, aparecem as faltas - 27% do total.
Como os servidores podem abonar 10 faltas ao ano, esse tipo de ausência é a principal dessa categoria. Foram 366 mil. Entre os nove tipos de registro de ausências da rede municipal, apenas dois apresentaram alta em relação a 2012 nos valores absolutos: as faltas injustificadas e as licenças por acidente de trabalho, que aumentaram 49%, chegando a 263 mil dias. Foi como se cada professor da rede se ausentasse 4 dias por ano por acidente de trabalho.
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As condições de trabalho e da própria carreira são apontadas por vários especialistas como o maior motivo de ausências. É comum, por exemplo, que professores façam dupla jornada. A secretaria de Educação já anunciou medidas para atenuar os problemas de saúde, como mutirões de atendimento médico pela cidade.
A professora Sandra Beja, de 35 anos, tirou mais de 10 licenças médicas em 2013 por causa de depressão. "Ninguém fica doente porque quer", diz ela, que atua em uma creche na zona norte. "Eu não vi esse esforço de atendimento de saúde e preciso fazer meu tratamento em médico particular."
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