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A partir de hoje, trabalhadores de três hospitais da Baixada Santista, entre eles a Santa Casa de Santos, estão em estado de greve. A decisão foi tomada na noite de ontem, após assembleia da categoria no Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Serviços de Saúde de Santos e Região (Sintrasaúde). A proposta é chamar a atenção do sindicato patronal para as reivindicações dos trabalhadores.
Além dos funcionários da Santa Casa de Santos — responsável por grande parcela da demanda de urgência e emergência da rede pública e particular dos nove municípios da região metropolitana — os que atuam no Hospital São José, em São Vicente, e do Hospital Santo Amaro, em Guarujá, aderiram ao “estado de greve”. A mobilização coincide com a vinda do governador Geraldo Alckmin a Santos, amanhã para agenda com foco na Saúde. Durante a visita, é esperado que o chefe do executivo estadual anuncie repasses à rede pública municipal para construção de policlínicas.
Movimento “da hora”
Para pressionar ainda mais, funcionários da Santa Casa de Santos também decidiram cruzar os braços por duas horas na próxima quinta-feira. Divididos em dois períodos de uma hora cada, as paralisações ocorrerão das 7h às 8h e das 13h às 14h.
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O presidente do Sintrasaúde, Paulo Pimentel, aponta que a ação funcionará como um aviso. O prazo de “estado de greve” será encerrado na sexta-feira, 72 horas após o início. “Aguardamos mudanças nas negociações. Caso esse contato não ocorra, convocaremos nossa assembleia para redefinir as ações e entrar de fato em uma greve”, afirma Pimentel, reforçando que todo processo ocorrerá com respeito às normas da legislação.
O líder sindical havia afirmado anteriormente que a entidade patronal chegou a enviar uma contraproposta, que considerou vergonhosa. “Isto para não dizer ridícula e imoral, o que sinaliza que sequer teve o trabalho de olhar as principais reivindicações dos trabalhadores”.
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Reivindicações
As principais reivindicações dos empregados são: reajuste de 10%, R$ 172,00 a título de Cesta Básica e Adicional Noturno de 60%. O Sindhosfil contrapropôs reajuste de 6,59% para os salários e Cesta Básica. A diretoria do Sintrasaúde diz que o reajuste pretendido anteriormente era de 12%. “Abaixamos para 10% a fim de facilitar as negociações, mas mesmo assim, nada.