Cotidiano

Museu Pelé tem déficit mensal de R$ 70.850,00

Diferença entre o que arrecadou e o gasto operacional nos dois primeiros meses é de R$ 70.850,00, sem contar os 15% do Rei do Futebol — cerca de R$ 19.372,50

Carlos Ratton

Publicado em 30/09/2014 às 09:49

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O prestígio do Rei do Futebol, Edson Arantes do Nascimento, o Pelé, não está sendo suficiente para tirar o museu que leva o seu nome do vermelho. Segundo a própria Prefeitura, são necessários R$ 200 mil mensais para manter o equipamento funcionando. No entanto, desde sua inauguração (15 de junho) até 15 de agosto último, o museu arrecadou R$ 258.300,00 – R$ 129.150,00 por mês. Ou seja, um déficit de R$ 70.850,00 a cada 30 dias.

Vale a pena ressaltar que Pelé, pela cessão de seu acervo, tem direito a 15% da receita mensal auferida. Portanto, dos R$ 129.150,00 arrecadados com os ingressos por mês, R$ 19.372,50,00 vão direto para o bolso do Atleta do Século. Segundo a Prefeitura, a média diária da bilheteria é R$ 3.354,54.

Entre a inauguração até 15 de setembro último, uma média de 337 pessoas visitaram diariamente o Museu Pelé, totalizando no período de 40.441 visitantes ou 13.480 por mês. O equipamento tem capacidade para receber 1.500 por dia. Levando em consideração essa conta, mesmo com a realização da Copa do Mundo no País, o Museu atingiu cerca de 1/3 de sua capacidade diária até agora.

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Situado no Valongo, museu pode receber 1.500 pessoas por dia (Foto: Matheus Tagé/DL)

Prefeitura estuda flexibilizar ingresso

O Museu Pelé foi inaugurado com toda ‘pompa e circunstância’ três dias após a abertura da Copa do Mundo (12 de junho), com a expectativa de ser a grande atração turística do período. Ele reúne peças do acervo pessoal do jogador, reunidas durante seus quase 74 anos de vida.

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O local é mantido pela Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP) AMA Brasil e o investimento foi de R$ 50 milhões dos governos estadual, federal e da iniciativa privada. A AMA Brasil não paga impostos por ser uma entidade sem fins lucrativos, sendo o Município de Santos beneficiado apenas com o prestígio de sediar o equipamento.

Segundo a Prefeitura, o ingresso custa R$ 18,00 e a Administração já estuda a possibilidade de flexibilizar o valor para atrair novos públicos. Alunos da rede pública e crianças de até 10 anos não pagam. Demais estudantes (rede particular), idosos (a partir de 60 anos), professores da rede pública e pessoas com necessidades especiais pagam meia entrada – R$ 9,00.

O Museu Pelé fica em um casarão histórico no Valongo, região central de Santos, local totalmente dedicado à figura do maior artilheiro da Seleção Brasileira. A inauguração contou com a presença de Pelé e de dezenas de autoridades, entre elas o vice-presidente da República, Michel Temer, o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, a ministra da Cultura, Marta Suplicy, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e o prefeito de Santos, Paulo Alexandre Barbosa.

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Michel Temer destacou a construção do museu como mais um gol de Pelé, lembrou os esforços do ex- jogador santista para a escolha do Brasil como sede da Copa do Mundo e dos Jogos Olímpicos e reforçou a importância história do local.

Em gravação, a presidenta Dilma Rousseff saudou a inauguração do museu como um “ato de grande simbolismo” e de “reconhecimento”, com o qual será possível perpetuar “a história de um de nossos mais ilustres cidadãos”. 

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