Cotidiano

Mulher morta pela polícia nos EUA sofria de depressão pós-parto, diz mãe

A perseguição ocorrida ontem teve início quando a mulher bateu com seu carro em uma barreira de segurança da Casa Branca e fugiu

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 04/10/2013 às 11:50

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A mãe da mulher que foi morta a tiros pela polícia dos EUA depois de uma perseguição em Washington disse na quinta-feira à noite que a filha sofria de depressão pós-parto. A perseguição ocorrida ontem teve início quando a mulher bateu com seu carro em uma barreira de segurança da Casa Branca e fugiu em alta velocidade pela Avenida Pennsylvania, tendo em seu encalço agentes do serviço secreto.

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O episódio durou poucos minutos, provocou pânico na Câmara e no Senado, e tensão em uma cidade que foi palco no dia 17 de um assassinato em massa, em uma base da Marinha.

Relatos iniciais de que havia ocorrido troca de tiros foram desmentidos pelas autoridades. A mulher estava desarmada e todos os disparos saíram de armas dos policiais. A mulher foi identificada como Miriam Carey, de 34 anos, uma assistente de dentista de Stamford, Connecticut, cidade localizada a poucos quilômetros ao norte de Nova York. Ela estava acompanhada da filha de um ano, que não teve ferimentos graves e foi colocada sob custódia.

A mãe de Miriam, Idella Carey, disse à rede ABC News que sua filha começou a sofrer de depressão pós-parto depois de dar à luz a filha Erica, em agosto do ano passado. "Alguns meses depois, ela ficou doente", disse. "Ela estava deprimida. Ela foi hospitalizada."

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Idella Carey afirmou que a filha não tinha "histórico de violência" e ela não sabia a razão pela qual Miriam estava em Washington na quinta-feira. A mãe afirmou que acreditava que Miriam havia levado Erica para uma consulta média em Connecticut.

A mulher morta pela polícia nos EUA sofria de depressão pós-parto (Foto: Associated Press)

Em Connecticut, o FBI apresentou um mandado de busca em conexão com a investigação e a polícia isolou o edifício de um condomínio e um bairro da cidade litorânea.

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O chefe de polícia do Capitólio, Kim Dine, disse que o episódio foi um "incidente isolado" e ressaltou que não havia nenhum indício de que ele tivesse relação com terrorismo.

Cathy Laner, chefe da polícia Metropolitana, descartou a possibilidade de que a mulher tenha atingido a barreira de segurança por acidente. Segundo ela, o esquema de segurança por "perímetros", que protege o Parlamento americano, funcionou. "(Os policiais) fizeram o que tinha de ser feito."

Um vídeo feito pela TV Alhurra mostra o momento em que o carro da mulher foi cercado por policiais, nas proximidades do Congresso. Com armas em punho, eles apontam para os vidros e gritam. Em segundos, o carro dá marcha à ré, bate em um veículo da polícia parado atrás e sai em alta velocidade, sob tiros.

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A perseguição continuo até que o carro sai do alcance da câmera. Laner afirmou que o vídeo capturou apenas uma pequena parte da perseguição, que durou menos de 10 minutos, das 14h12 às 14h20. De acordo com ela, tiros foram disparados em dois momentos, um dos quais capturado no vídeo. Trancados.

Dezenas de pessoas que estavam em frente ao Congresso correram na direção contrária à da perseguição, obedecendo a ordens de policiais para se proteger. As portas do Capitólio foram trancadas e ninguém podia entrar ou sair do edifício. Jornalistas que estavam dentro do Congresso relataram momentos de caos e apreensão.

Policiais corriam com armas em punho pelos corredores e ordenavam aos funcionários que procurassem proteção. Por precaução, o acesso à Casa Branca também foi bloqueado e pessoas que estavam na frente do edifício foram retiradas do local. Os dois prédios estão entre as mais visitadas atrações turísticas da capital americana.

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A perseguição acabou na esquina da Avenida Maryland e a rua 2 Noroeste, entre a sede do Capitólio e edifícios que abrigam os gabinetes dos senadores. A poucos metros, fica a Suprema Corte, que também foi fechada durante a perseguição.

Todos os edifícios foram liberados em menos de uma hora. O episódio interrompeu o debate que ocorria dentro do Congresso sobre o fechamento do governo, que entrou em vigor na terça-feira em razão da não aprovação de um novo orçamento.

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