Cotidiano

Mudança trabalhista no Porto de Santos tem pontos 'inconstitucionais', diz ministro

Segundo Silvio Costa Filho, nem o Ministério de Portos e Aeroportos nem os trabalhadores foram devidamente ouvidos pela comissão que elaborou o documento

Nilson Regalado

Publicado em 09/11/2024 às 08:05

Atualizado em 09/11/2024 às 14:52

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Costa Filho, ao centro, durante inauguração do 'novo' terminal de celulose no Porto de Santos / Renan Lousada/DL

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O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, disse ontem (8) que o Governo Federal considera que o projeto que muda regras trabalhistas e comerciais nos portos do Brasil tem pontos “aparentemente inconstitucionais”. Ele participou da inauguração de 'novo' terminal de celulose no Porto de Santos, que vai impactar dois bilhões de pessoas.

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Segundo Costa Filho, nem o Ministério de Portos e Aeroportos nem os trabalhadores foram devidamente ouvidos pela comissão que elaborou o documento. O estudo foi encomendado pelo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP/AL), e entregue ao Congresso Nacional nesta semana.

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Insatisfeitos, portuários ligados a três federações nacionais de trabalhadores já fizeram uma paralisação de alerta e, também, promoveram manifestações em Santos e em outros portos durante o mês de outubro.

“Houve um claro déficit de diálogo com a classe trabalhadora. Também não houve a possibilidade para que o Ministério pudesse participar dessa discussão”, resumiu o ministro Costa Filho.

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As principais críticas dos trabalhadores ao projeto dizem respeito ao risco de fim da exclusividade do Órgão Gestor de Mão-de-Obra (OGMO) na escala dos avulsos e a possibilidade de terceirização dos serviços. O projeto também prevê a extinção de seis categorias de portuários.

“Vamos dialogar com os trabalhadores e com o futuro presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos/PB), que é do meu partido”, resumiu o ministro.

Entre as “inconstitucionalidades” identificadas por Costa Filho estariam a transferência de competências da Diretoria de Portos do Ministério para a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq).

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Depois de entregue a Lira, o projeto foi encaminhado às comissões internas da Câmara, que vão analisar aspectos jurídicos e técnicos da proposta, elaborada por uma comissão com 15 membros nomeados pelo presidente da Câmara.

Túnel e perimetral

Durante a passagem por Santos na manhã de ontem, Costa Filho também reiterou os prazos de obras importantes para o desenvolvimento econômico e social da Região Metropolitana da Baixada Santista.

Pelos cálculos do ministro, a ordem de serviço para o início das obras do Túnel Santos-Guarujá deverá ser expedida no segundo semestre de 2025.

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A modelagem da parceria-público-privada envolvendo Governo Federal, o Estado e iniciativa privada deverá ser enviada ao Tribunal de Contas da União até o final de 2024.

Assim, a licitação para as obras poderia ser publicada no Diário Oficial da União ainda no primeiro semestre de 2025, viabilizando a expedição da ordem para o início das obras no segundo semestre.

Já a ordem de serviço para as obras da Avenida Perimetral da Margem Esquerda do Porto, no Guarujá, deverá ser expedida, segundo Costa Filho, no primeiro trimestre de 2025. O investimento previsto será de R$ 700 milhões, em verbas do Governo Federal.

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