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O primeiro-ministro interino do Egito, Hazem el-Beblawi, ordenou que o ex-ditador Hosni Mubarak seja mantido em prisão domiciliar depois que deixar a penitenciária de Tora, onde passou a maior parte dos últimos dois anos.
Por meio de nota, Beblawi alegou que Mubarak ficará em prisão domiciliar como parte das medidas de emergência impostas na semana passada pelo governo interino conduzido ao poder depois do golpe militar que depôs o presidente Mohamed Morsi no início de julho.
Mais cedo, autoridades egípcias informaram que um tribunal do país havia ordenado a libertação do ex-ditador. É possível que Mubarak deixe a penitenciária de Tora já na manhã de quinta-feira, segundo funcionários do governo interino.
A decisão desta quarta-feira foi tomada durante uma audiência sobre o recebimento, pelo ex-presidente, de presentes de um jornal estatal, o último caso que mantém Mubarak detido.
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O anúncio de que a libertação de Mubarak seria iminente alimentou temores de mais agitação política e violência no país, especialmente por causa da ligação entre o ex-ditador e a elite militar egípcia.
Ainda não está claro, no entanto, se o anúncio de que Mubarak será mantido em regime de prisão domiciliar terá efeito atenuante sobre as tensões derivadas da polarização entre as facções religiosas e seculares do Egito.
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Mubarak, de 85 anos, está preso desde abril de 2011 e é atualmente julgado pelas mortes de manifestantes durante o levante de 2011 contra seu governo, entre outras acusações.