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Um tribunal do Cairo condenou o presidente egípcio deposto Hosni Mubarak por corrupção, com pena de três anos de prisão. O caso de corrupção é um dos dois abertos contra o ex-presidente, de 86 anos, que é mantido sob custódia em um hospital militar. Mubarak foi deposto em um levante popular em 2011, após quase três décadas no poder. Ele também está sendo julgado por assassinatos de centenas de manifestantes durante a revolta.
Os dois filhos de Mubarak, Gamal e o rico empresário Alaa, também foram condenados a quatro anos de prisão, cada um, no mesmo caso de corrupção. Os três acusados foram condenados por terem desviado milhões de dólares de fundos do Estado durante mais de uma década até o fim do regime de Hosni Mubarak. Os recursos eram destinados à renovação e manutenção de palácios presidenciais, mas, em vez disso, foram gastos na modernização de residências particulares da família.
Hosni Mubarak "tinha o dever de evitar que ele e seus filhos roubassem fundos estatais...mas, em vez disso, permitiu o desvio de recursos públicos, se beneficiando sem fiscalização ou consideração. Por isso, eles merecem ser punidos", declarou o juiz Osama Shaheen ao proferir a sentença em audiência transmitida ao vivo pela TV estatal. Mubarak e seus filhos não mostraram nenhuma emoção quando o veredicto foi lido. O presidente deposto acenou para os apoiadores presentes na sala do tribunal antes da leitura da sentença.
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Os três acusados também foram multados em 21,1 milhões de libras egípcias (US$ 2,9 milhões) e obrigados a reembolsarem 125 milhões de libras egípcias (US$ 17,6 milhões) ao Tesouro do Estado. Eles têm o direito de apelar da sentença no Tribunal Superior. Os Mubaraks já tinham devolvido cerca de 120 milhões de libras egípcias ao Estado, na esperança de que as acusações fossem retiradas, mas as acusações contra eles continuaram. Quatro outros réus no caso foram absolvidos.