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Cerca de 5 mil integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) faziam um protesto em frente à sede da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), em Pinheiros, contra a falta de água em bairros da periferia da capital paulista.
As ruas Costa Carvalho, altura do número 300, e Sumidouro estavam totalmente bloqueadas às 18h. A Polícia Militar circundava o prédio da Sabesp. Uma comissão do MTST entrou para entregar uma lista de reivindicações à companhia e, até as 18h30 não havia retornado.
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O ato, em protesto contra a falta de água em bairros da periferia da capital paulista, começou às 16h45 no Largo da Batata. Os manifestantes chegaram a bloquear a Avenida Faria Lima no caminho para a Sabesp. Em frente ao prédio, fizeram uma dança pedindo chuva.
Os sem-teto afirmam que o objetivo da manifestação "é cobrar soluções e denunciar o racionamento permanente que está sendo feito em bairros da periferia de São Paulo e a falta de respostas do governo em relação ao tema".
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Segundo o movimento, uma lista de bairros afetados pelos cortes no abastecimento de água foi apresentada em uma reunião com Alckmin em julho, mas a entidade não obteve nenhum retorno do tucano. Desde o início da crise no Sistema Cantareira, em janeiro, a Sabesp tem negado racionamento de água, apesar das queixas da população.
Segundo pesquisa Ibope divulgada no início deste mês pelo Estado 50% dos paulistanos relataram ter sofrido interrupção no abastecimento de água em suas casas nos últimos três dias. Em todo o Estado, o índice foi de 38%.
De acordo com o levantamento, para 37% dos paulistas a culpa da falta d'água é a escassez de chuvas na região dos mananciais. Outros 14% responsabilizam o desperdício do consumidor, 13% culpam Alckmin, 13% debitam o problema às empresas de abastecimento e outros 8% à falta de investimentos.
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Além da questão da água, o MTST afirma que o ato também tem como objetivo "denunciar os despejos que estão sendo feitos e os que estão previstos para as próximas semanas" na cidade, como o da ocupação denominada Chico Mendes, no bairro do Morumbi, zona sul da capital.
"A Prefeitura de São Paulo e o governo estadual só têm apresentado a polícia como solução para as famílias despejadas", afirmam as organizações.
Palavra do Governador
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Geraldo Alckmin (PSDB) afirmou nesta quinta-feira, 25, que "não faz nenhum sentido" uma invasão dos integrantes do Movimento à sede da empresa. Para o governador, a Sabesp está "suando a camisa" para garantir o abastecimento de água à população da Região Metropolitana. "Espero que não haja (a invasão). Não tem nenhum sentido. A Sabesp é uma empresa que está suando a camisa para enfrentar uma seca que é duríssima", disse, depois de visitar o Parque Linear Várzeas do Tietê, na zona leste da capital.
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