Cotidiano

MST protesta contra corte no orçamento para reforma agrária

Com bandeiras do movimento e faixas pedindo urgência na reforma agrária e a saída do ministro Joaquim Levi. Os manifestantes protestam contra os cortes orçamentários e o reajuste fiscal

Publicado em 03/08/2015 às 11:26

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Manifestantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) continuam ocupando o andar térreo do prédio principal do Ministério da Fazenda, em Brasília. Eles chegaram por volta das 5h20 da manhã de hoje (3). Com bandeiras do movimento e faixas pedindo urgência na reforma agrária e a saída do ministro Joaquim Levi, os manifestantes protestam contra os cortes orçamentários e o reajuste fiscal anunciados recentemente pelo governo.

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"Viemos aqui criticar e nos mobilizar contra a política econômica do governo de uma maneira geral, que tem atingido, através do reajuste fiscal, os trabalhadores e trabalhadoras e também o Orçamento, no que diz respeito à reforma agrária", disse Kelli Mafort, da coordenação nacional do MST.

Os funcionários do Ministério estão impedidos de entrar no prédio e, do lado de fora, manifestantes montaram um acampamento com barracas. Segundo a coordenação do movimento, cerca de 2 mil pessoas de diferentes partes do país estão no local. Já a Polícia Militar estima o número de pessoas em 700.

A manifestação em Brasília faz parte de uma ação nacional (Foto: Marcelo Camargo/ Agência Brasil)

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Mafort explica que, atualmente, cerca de 100 mil famílias ligadas ao MST aguardam a reforma agrária em acampamentos por todo país e que o ajuste fiscal representou um corte de 50% no orçamento destinado para este fim, que era R$ 3,5 bilhões. "Temos hoje, no Ministério do Desenvolvimento Agrário, R$ 1,8 bilhão para a reforma agrária. Esse número é irrisório diante da necessidade", disse.

Os manifestantes afirmam que ficarão no local, até que haja uma sinalização por parte do governo. "É muito mais uma questão central do governo para, de fato, mexer na política econômica para que isso atinja também a política de reforma agrária, do que simplesmente uma negociação com o Incra [Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária] ou o Ministério do Desenvolvimento Agrário", ressaltou Kelli. Ela conta que foram feitas reuniões anteriormente, mas que as negociações não resultarem em conquistas concretsas.

A manifestação em Brasília faz parte de uma ação nacional e, segundo a coordenação do movimento, São Paulo, Ceará, Rio Grande do Sul e outros estados também estão mobilizados. Até o momento, o Ministério da Fazenda não se manifestou sobre a ocupação.

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