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A investigação sobre a rede financeira que manteve o ex-médico Roger Abdelmassih, de 72 anos, foragido e vivendo com luxo com a mulher e os filhos no Paraguai pode levar o Ministério Público do Estado (MPE) a acusá-lo pelo crime de associação criminosa.
A suspeita foi levantada durante a investigação comandada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público Estadual de Bauru, durante investigações nas ramificações financeiras da estrutura montada pelo homem acusado por 48 estupros.
Os promotores responsáveis pelo caso suspeitam que Abdelmassih tenha se aproximado de criminosos especializados em fraudes no sistema financeiro para conseguir viver com luxo no exterior e ficar por tanto tempo foragido. O Gaeco também investiga se pessoas próximas ao ex-médico iam levar o dinheiro em espécie para ele e a família no Paraguai. O MPE aguarda o andamento das investigações para desvendar como funcionava a estrutura financeira dele.
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Empresas e conhecidos. No entanto, para os promotores já está claro que o dinheiro usado vinha de empresas da família e de conhecidos. "Possivelmente (a estrutura financeira) envolvia pessoas jurídicas e algumas pessoas físicas da confiança do casal. Eles faziam essa movimentação (de quantias) para poder recepcionar o dinheiro para que eles se mantivessem foragidos com um excelente padrão de vida", afirmou Luiz Henrique Dal Poz, chefe de gabinete da Procuradoria-Geral de Justiça do MPE.
Ainda de acordo com o promotor, há investigação de empresas formadas por Abdelmassih e a mulher que tiveram baixa movimentação enquanto ele esteve foragido.
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