Cotidiano

MP e Polícia Militar levam Anvisa a inserir mais drogas sintéticas em lista

Investigação teve início em novembro, após apreensão de substâncias sob a roupagem de LSD e Ecstasy

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 18/02/2014 às 20:01

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Investigação conjunta realizada pelos Promotores de Justiça Criminais, Cassio Roberto Conserino; Fernando Henrique de Moraes Araújo e Alexandre Mourão, do Ministério Público de São Paulo/Fórum Criminal da Barra Funda, após apreensão realizada em novembro passado pelo 1º Batalhão de Choque da Polícia Militar de drogas sintéticas sob a roupagem de LSD e Ecstasy, levou a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) a anunciar nesta terça-feira, 18/02, a proibição da comercialização de 21 novas drogas sintéticas no País. Outrossim, duas substâncias foram inseridas na lista F1/F2 da portaria SVS 344/98 de produtos controlados: o Tapentadol e a Teriflunomida.

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Durante o procedimento investigatório criminal, os Promotores de Justiça perceberam após contraperícia que sob a forma de LSD vendia-se a substância 25INBOME, e, sob a forma de Ecstasy, vendia-se a substância Metilona, substâncias psicotrópicas com alto poder alucinógeno. “Naquele caso, a ROTA fez a apreensão, mas por conta da ausência das substâncias na lista, os supostos traficantes foram liberados”, explicam os Promotores de Justiça Criminais.

O Ministério Público e a Polícia Militar levaram a Anvisa a inserir mais drogas sintéticas em lista (Foto: Divulgação)

De acordo com os Promotores responsáveis pela investigação, há cerca de um ano, a Polícia Federal já havia comunicado a Anvisa sobre a existência destas substâncias, porém, o órgão federal, até hoje, não havia se manifestado sobre o assunto. O Ministério Público de São Paulo por conta desse caso concreto pediu a inserção no início da semana passada. “Com a chegada da Copa do Mundo em que, provavelmente, tais substâncias ingressarão no Brasil não havia a inserção na lista da Anvisa para fins de coibir o tráfico desses entorpecentes”, explicam eles.

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A investigação do Ministério Público, ainda em andamento, tem também outro objetivo: a obtenção de Padrões de Confronto e Referência destas novas drogas para possibilitar respostas científicas e reconhecidas internacionalmente nos exames químicos toxicológicas.

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