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Representantes de mais de 20 movimentos sociais organizados de jovens apoiaram hoje (28), em reunião com a presidenta Dilma Rousseff, a proposta de realização de um plebiscito para balizar a reforma política no país. O principal ponto defendido pelas entidades é o financiamento público exclusivo de campanhas.
“Para nós, é essencial a participação popular na elaboração da reforma e, por isso, estamos elegendo a campanha pelo plebiscito e pela reforma política com participação popular contra o financiamento privado de campanha como a grande prioridade dos movimentos sociais organizados”, disse o secretário Nacional de Juventude da Central Única dos Trabalhadores (CUT).
O presidente do Conselho Nacional de Juventude, Alessandro Melchior, que também representa a Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT), ressaltou a importância das manifestações para a democracia e criticou excessos das políticas militares, informando que apresentará relatório à Comissão de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA).
Segundo Melchior, o conselho considera as manifestações essenciais e naturais da democracia. "O que não é essencial e natural são as repressões policiais e, por isso, informamos hoje à presidenta da República que estamos elaborando um relatório de todas as violações e repressões ocorridas em todos os estados, responsabilizando as polícias militares e os governos dos estados", disse ele. O relatório será entregue à presidenta e à Comissão de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos.
De acordo com a secretária nacional de Juventude da Secretaria-Geral da Presidência, Severine Macedo, os representantes dos movimentos de juventude levaram à presidenta Dilma a demanda pelo aprofundamento da participação política dos jovens. Ela disse que o país tem 51 milhões de jovens entre 15 e 29 anos, que, no atual sistema político, tem dificuldade para disputar eleições, eleger-se e ocupar espaços representativos. “Nós, do governo, precisamos ampliar e qualificar os espaços de participação e de ouvir a opinião da juventude.”
Para tanto, adiantou Severine, o governo criará, daqui a duas semanas, um observatório participativo, que será um canal de diálogo permanente com os jovens, por meio das redes sociais, “para consultas públicas, mas também para aprofundar o conteúdo a cerca das políticas públicas de juventude”, nas áreas de saúde, educação, mobilidade urbana e segurança.
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