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Integrantes do Movimento Passe Livre (MPL) planejam pular as catracas do metrô e de ônibus nesta sexta-feira, 16, para chegar até a Avenida Paulista, local do segundo ato contra o aumento da tarifa do transporte público de São Paulo, marcado para as 17 horas. Além do "catracaço", o MPL vai mudar o perfil das manifestações. O objetivo é atrair os moradores da periferia e descentralizar os protestos para bairros distantes do centro.
Na próxima terça-feira, 20, o ato será na região do Tatuapé, na zona leste, e os integrantes pretendem paralisar a Radial Leste no fim da tarde. Após a primeira manifestação, na semana passada que terminou com quebra-quebra e 53 presos, os líderes do MPL resolveram promover reuniões em Pirituba, Lapa e Tatuapé. "Queremos acabar com a ideia de que nossas manifestações são feitas só por estudantes da classe média e para isso precisamos nos organizar em bairros para pressionar o prefeito Fernando Haddad, até ele desistir do aumento", disse Marcelo Hotimsky, um dos líderes do movimento.
"Não dá para fazer um ato espetacular no centro e esquecer do trabalhador que mora lá em Itaquera. Talvez tenha sido nosso erro em 2013." Nos próximos dias haverá encontros em Campo Limpo Grajaú, M’Boi Mirim e Parelheiros. "A conjuntura deste ano é bem mais difícil para a gente. O anúncio do passe livre pra estudantes foi como um pão e circo e a economia vai mal. Se a gente não pressionar e ocupar as ruas por toda a cidade, a chance de a passagem diminuir é bem menor", ponderou Talita Silva.
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Vinagre e panos
O jornal O Estado de S. Paulo acompanhou a reunião do MPL no Tatuapé, na quarta-feira, 14. Pelo menos cem pessoas compareceram ao encontro, que foi realizado no Sindicato dos Metroviários de São Paulo - que apoiam o MPL. Sentados em roda, os participantes discutiram por mais de duas horas a organização do protesto de hoje à tarde e as estratégias para atuar na periferia. "A gente sabe que vai ter confusão hoje, não dá para negar", afirmou Frederico Silva. "Vamos levar vinagre, panos. A intenção é resistir ao máximo, não deixar o protesto morrer."