Cotidiano
Neste domingo (15), a partir das 14 horas, será realizada uma mobilização popular, com concentração na Avenida Jaime de Castro, contra a inciativa da Artesp
A proposta da Artesp é instalar uma praça de pedágio no km 326,3 da rodovia Padre Manoel da Nóbrega, em Itanhaém / Nair Bueno/DL
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O movimento #PedágioNão, que luta contra a instalação de uma praça de pedágio na Avenida Padre Manoel da Nóbrega, em Itanhaém, ganhou o reforço e a ajuda das câmaras municipais da Baixada Santista, associações comerciais do litoral sul e de outras entidades que estão preocupadas com os impactos dessa medida para o turismo e comércio locais. E neste domingo (15), a partir das 14 horas, será realizada uma mobilização popular, com concentração na Avenida Jaime de Castro, contra a inciativa da Artesp.
O deputado estadual Caio França (PSB) estará presente. Ele integra e tem ajudado a difundir o movimento por meio das redes sociais. Ontem (10), o deputado reuniu os presidentes das Câmaras Municipais e diversos vereadores do litoral com o presidente da Comissão de Transportes da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), deputado estadual Rafa Zimbaldi, para levarem ao conhecimento da Comissão as implicações que a instalação dessa praça de pedágio pode gerar na mobilidade urbana, comprometendo o trânsito e o fluxo de veículos internamente nas ruas e avenidas de Itanhaém, diante da necessidade de se buscar vias alternativas que possam desviar a rota e evitar a cobrança do pedágio para moradores ou mesmo para as pessoas que se deslocam a trabalho diariamente pela Rodovia.
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Por ser um problema que envolve o direito de ir e vir do cidadão metropolitano, a União dos Vereadores da Baixada Santista (Uvebs) também esteve representada. Os vereadores demonstraram a indignação e o descontentamento com a resposta do governo estadual ao justificar que apenas uma pequena parcela da população estaria insatisfeita com a praça de pedágio.
Caio França demonstrou surpresa quando o presidente da Câmara de Itanhaém, Silvio César de Oliveira, disse que a Artesp registrou um boletim de ocorrência na delegacia de polícia ao sair do plenário da Câmara no dia da audiência pública, em outubro de 2019, em razão de um pequeno tumulto gerado pela população local que estava no seu direito de protestar e questionar a inclusão da praça de pedágio no projeto.
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De posse desse boletim, a Artesp (Agência de Transporte do Estado de São Paulo) validou a audiência na Cidade. “Se a situação fugiu do controle na sede do Legislativo Municipal, o ideal seria cancelar e propor uma nova data, em outro formato e local. Certamente esta não foi a primeira e nem será a última audiência pública realizada pela Artesp. Os funcionários são preparados para lidar com as situações mais adversas no tocante à manutenção da ordem pública. E desistir de ouvir o povo nunca será a melhor opção”, ponderou o deputado.
Diante de sucessivos equívocos desse programa de concessões, o presidente da Comissão de Transportes da Alesp, Rafa Zimbaldi, comprometeu-se em tentar articular uma reunião com a Artesp nos próximos dias com representantes dos legislativos municipais e a intermediação do mandato do deputado Caio França, visando uma modificação neste trecho e a retirada do pedágio.
A pouco mais de um mês para a realização da licitação de concorrência internacional, a Artesp sofreu seu primeiro grande revés com a nulidade do edital Lote Litoral Paulista por meio de uma representação da Prefeitura de Mogi das Cruzes. Em sua decisão, o TCE (Tribunal de Contas do Estado) determinou a retirada do trecho urbano da Rota do Sol, a via Perimetral, do edital, que engloba a concessão e cobrança de pedágio nas rodovias Mogi-Dutra (SP 088) e Mogi-Bertioga (SP 098).
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Entre as irregularidades apontadas pelo TCE, destaca-se a inclusão de vias municipais em um projeto de concessão do governo do estado, sem que houvesse qualquer consulta, aprovação ou concordância da Prefeitura de Mogi das Cruzes sobre as obras que seriam executadas na Cidade.
O deputado Caio França reforça que a mesma conduta de ausência de diálogo junto à municipalidade e a população vale para os demais municípios envolvidos no empreendimento. “A falta de transparência e diálogo com os municípios têm sido uma prática constante do governo Doria (PSDB). As pessoas estão saturadas de tributos, de pedágios e tudo o que visualizam é mais uma cobrança, sem qualquer benefício aparente para a Cidade. A nulidade do edital pelo TCE demonstra a fragilidade desse processo licitatório”, finalizou o parlamentar.
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