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O Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (Morhan) foi fundado em junho de 1981. As atividades do grupo são voltadas para a eliminação da hanseníase, por meio de atividades de conscientização e construção de políticas públicas eficazes para a população. Ontem, o Diário do Litoral, publicou a história de duas irmãs que tiveram a família destruída por causa de um boato. Eles foram separados em uma época em que a doença era considerada problema nacional e a discriminação condenou milhares de pessoas ao confinamento.
“O movimento luta pelos direitos dos pacientes e que todas pessoas saibam o que é a hanseníase. Muitas pessoas desconhecem a doença e até médicos não sabem diagnosticar. Vê um machucado e o trata como machucado, mas não sabe identificar que pode ser hanseníase”, disse Luiz José da Silva, coordenador do Morhan, na Baixada Santista.
Silva é ex-portador da doença. Também conviveu com o preconceito como tantos outros pacientes. Agora se dedica a disseminação da informação e ao combate a discriminação. “A hanseníase tem cura. Tem tratamento. Quanto mais cedo descobrir melhor. É preciso que se tenha mais informação sobre locais de tratamento”, afirmou.
Para o coordenador nacional do Morhan, Artur Custódio, é necessária mobilização. “A mobilização da sociedade, formação adequada de profissionais de saúde e empenho dos governantes”, disse. A entidade conta com 100 grupos de voluntários em todo o país.
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Uma das bandeiras da entidade é a luta pela indenização aos pacientes que foram isolados do convívio social e aos filhos separados dos pais devido à doença, como o caso das duas irmãs relatado ontem pelo Diário do Litoral.
Segundo levantamento preliminar realizado pela entidade, o Brasil conta com 10 mil filhos separados dos pais. A projeção do grupo é de 25 mil pessoas nessa situação. De acordo com o coordenandor nacional do grupo, o Governo estima que o número seja de 40 mil. Para que as indenizações sejam pleiteadas, é preciso que haja reconhecimento de crime do Estado. Em novembro, um encontro deve reunir os filhos separados em Brasília.
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Na Baixada Santista, as reuniões do Morhan acontecem uma vez por mês na Rua Marques de São Vicente, 178, no Parque Bitaru, em São Vicente. Qualquer pessoa pode participar. Mais informações pelo telefone (13) 99159-8157 com Luiz.
Amanhã, o Diário do Litoral abordará como a doença é tratada nos dias atuais, em especial nos municípios da Baixada Santista.
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