O problema está no horário de pico / Nair Bueno/Diário do Litoral
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A sincronização semafórica foi implantada pela Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) em Santos a fim de melhorar a fluidez de veículos nas principais vias da cidade. E, naquilo que se propõe, o programa tem funcionado. Um exemplo disso é a Avenida Pedro Lessa. Dados mostram que a velocidade média de tráfego variou de 19,8 km/h para 39,2km/h, correspondendo a aumento de 97%. Entretanto, as vias transversais têm se tornado verdadeiros tormentos para motoristas.
O problema está no horário de pico. Segundo motoristas entrevistados, as ruas que cortam as grandes avenidas não estão suportando a quantidade de carros que se aglomeram e disputam espaço entre um semáforo e outro semáforos.
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"Demora muito! Um semáforo abre e o outro fecha o outro, entendeu? Os passageiros estão reclamando bastante também. A Avenida Ana Costa melhorou, a Washington Luiz e a Conselheiro [Nébias] melhoraram, só que as transversais pioraram demais. Tem hora que você anda e não sai do lugar. Já dirigi em São Paulo, em que o trânsito é caótico, mas ele é muito mais racional do que em Santos", afirma o taxista José Luiz Santos Costa, de 61 anos.
Um exemplo disso é o cruzamento da Av. General Francisco Glicério com a Praça Nenê Ferreira Martins, no Campo Grande. Para a Reportagem do Diário cruzar a avenida, foi preciso esperar três fases do semáforo (só avançou no terceiro semáforo verde).
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Não bastasse isso, diversos veículos literalmente bloquearam a passagem do Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT) e também fecharam a ciclovia na tentativa de conseguir um espaço entre os veículos que se aglomeravam na outra mão da avenida.
"Funcionando está sim. Eu só acho que deveria ter em outras avenidas também, além da Ana Costa. Na Senador Feijó, por exemplo, você sai de um semáforo e acaba pegando outro até acessar a avenida. Depois, você pega tudo livre, realmente", disse Sérgio Pastore, de 57 anos, ao Diário.
Na Avenida Ana Costa, em 4 minutos e 29 segundos, a Reportagem percorreu cerca de 1,2 quilômetro sem qualquer dificuldade. No Centro de Santos, em 5 minutos e 31 segundos, a distância percorrida foi de aproximadamente 800 metros.
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"O que eu sinto é: com relação às grandes avenidas o trânsito até ficou legal, mas as ruas transversais estão com problema por conta do congestionamento que se forma", disse o também taxista Eliezer Alves, de 60 anos.
Em nota enviada ao Diário, a Prefeitura de Santos afirmou que a modernização semafórica implementada pela CET-Santos está em sua etapa final.
Neste momento, segundo a Administração Municipal, os técnicos da empresa, por meio de análises da Central Semafórica instalada no CCO da Prefeitura e de vistorias nos locais, fazem a revisão da temporização.
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Foi informado ainda que os ajustes são realizados de forma que todos os veículos que estão nas vias transversais às avenidas fiquem menos tempo parados no vermelho, com período suficiente para fazer a transposição do cruzamento dentro do mesmo ciclo semafórico.
Com a implementação das medidas, a prefeitura garante que haverá sincronismo semafórico em toda a cidade, redução de congestionamento e ganho no tempo de deslocamento origem/destino dos motoristas.
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