Atualmente mais de 12 milhões de veÃculos utilizam as tags e esse número deve chegar a 20 milhões nos próximos dois anos / Divulgação
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Usuários das tags podem não estar percebendo uma vantagem que pode beneficiar, e muito, aqueles que costumam sempre passar pela mesma rodovia. Trata-se do Desconto de Usuário Frequente (DUF), que promove abatimentos automáticos de até 90% no valor cobrado nos pedágios.
Em entrevista ao Diário do Litoral, Diego Ros Quinto, vice-presidente da Abepam e diretor financeiro da Move Mais, explicou que os descontos podem chegar em torno dos 90% se o motorista passar pela mesma praça, sentido da rodovia e dentro do mesmo mês, com a contagem começando a partir da segunda passagem.
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"O DUF pode chegar a 96% de desconto, dependendo da frequência de passagens e do mesmo sentido ao longo do mês", comentou Diego.
Esses abatimentos podem ser aplicados nas rodovias da região Noroeste do Estado de São Paulo, operadas pela concessionária Econoroeste: SP-310, SP-326 e SP-333. Esta última possui o novo modelo de pedágios free flow. Além das citadas, os descontos também valem para a Dutra e a Rio-Santos.
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Além disso, os motoristas que utilizam as tags nos veículos garantem automaticamente 5% de desconto com o Desconto Básico de Tarifa (DBT), ao transitarem por 27 rodovias federais e 58 estaduais.
Nos últimos meses, o Diário do Litoral relatou que a implementação da tecnologia Free Flow tem causado problemas aos condutores. Durante os dois primeiros meses de funcionamento, o pedágio localizado na Rodovia dos Tamoios, no litoral de São Paulo, já registrou quase 10 mil multas.
Muitos motoristas alegam que as multas foram cobradas de forma indevida, enquanto outros simplesmente dizem ter esquecido de pagar a tarifa (que fica disponível virtualmente), por não possuírem a tag.
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De acordo com Diego, esses problemas podem ser resultado de uma instalação incorreta ou até mesmo reposicionamento do adesivo, que acabam contribuindo para a falha de comunicação. "É importante seguir as instruções de instalação e manuseio, e, em hipótese nenhuma, retirar ou reposicionar a tag no para-brisas", comenta.
Outros fatores que podem contribuir para esse cenário são as películas no vidro frontal ou danos ao dispositivo, causados por choques ou manejo inadequado. Esses fatores podem acabar prejudicando a comunicação feita por intermédio de radiofrequência.
Antes de serem comercializadas, as tags passam por testes rigorosos durante as etapas de homologação por meio de um OCD (Órgão Certificador Designado pelas Agências Reguladoras), onde precisam apresentar uma alta eficiência em velocidades extremas.
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O mesmo vale para as antenas responsáveis pelas leituras, que também necessitam comprovar seu funcionamento em condições extremas de chuva e vento.
Caso ocorram falhas na identificação, as placas dos veículos também são reconhecidas, garantindo a cobrança das tarifas nas tags.
Com relação à iniciativa que envolve a integração de todas as passagens por pedágios em um único sistema digital, Diego afirma que estão sendo discutidos alguns modelos de Arquitetura de Comunicação para estabelecer diretrizes na comunicação entre os sistemas envolvidos.
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Uma vez que a definição de protocolos e tecnologias padronizadas evita incompatibilidades, facilita a adoção do modelo por diferentes concessionárias e garante um fluxo contínuo de informações para cobrança automática.
Na visão da Abepam, a integração dos sistemas de pagamento é essencial para que o free flow funcione plenamente no país, garantindo uma comunicação eficiente e um fluxo contínuo de dados entre as plataformas envolvidas.
Inclusive, as Administradoras de Meios de Pagamento para Arrecadação de Pedágio (AMAPs) já possuem capacidade para atender a demanda, garantindo um modelo unificado e eficiente para o setor.
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Fundada em 2021, a associação nasceu com o intuito de contribuir para a agenda pública de mobilidade no Brasil, procurando desenvolver um ecossistema mais eficiente e competitivo.
Representando as principais empresas do setor, como ConectCar, Move Mais, Sem Parar, Taggy e Veloe, a associação projeta um aumento no número de tags ativas de 12 para 20 milhões nos próximos dois anos.
A associação ainda busca fomentar o desenvolvimento de soluções inovadoras que promovam o crescimento saudável do mercado e beneficiem a sociedade.
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