Cotidiano

Morte de menor provoca protestos em favela do Rio

Laércio estava desaparecido desde a última segunda-feira, 12. De acordo com moradores, ele foi visto pela última vez sendo conduzido por PMs que trabalham na UPP do complexo

Publicado em 14/08/2013 às 11:06

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Creditada por moradores a policiais militares, a morte de Laércio Hilário da Luz Neto, de 17 anos, provocou protestos violentos na noite dessa terça-feira, 13, no complexo de favelas da Penha, zona norte do Rio de Janeiro. Três ônibus foram incendiados. Uma patrulha da Polícia Militar (PM) teve todos os vidros quebrados. O corpo do adolescente foi encontrado ontem em cima de uma laje na favela Parque Proletário, que integra o complexo. Não havia marcas de tiros. Aparentemente, ele foi morto por asfixia, por meio de pressão violenta exercida sobre o pescoço.

Laércio estava desaparecido desde a última segunda-feira, 12. De acordo com moradores, ele foi visto pela última vez sendo conduzido por PMs que trabalham na Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do complexo. A PM negou envolvimento de seus agentes na morte do rapaz. O comandante das UPPs, coronel Frederico Caldas, esteve no complexo durante a madrugada desta quarta-feira, 14. Ele disse considerar "muito prematuro" afirmar que a morte de Luz Neto estaria relacionada a uma suposta abordagem policial.

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Três ônibus foram incendiados. Uma patrulha da Polícia Militar (PM) teve todos os vidros quebrados (Foto: Divulgação)

O coronel providenciou a realização de perícia no imóvel em que o cadáver foi localizado. A área foi isolada e especialistas do setor de polícia técnica da Secretaria de Segurança Pública do Estado trabalharam a partir das 2h. A Divisão de Homicídios da Polícia Civil, que enviou policiais à favela para acompanhar a perícia, deve assumir as investigações ainda nesta quarta.

Avisado por meio de telefonema, Ladilson Hilário, pai da vítima, foi para o Parque Proletário. O filho não morava com ele. Em entrevista ao programa Bom Dia Rio, da Rede Globo, Hilário disse acreditar na versão dos moradores. "Pegaram meu filho na covardia. Não são todos os policiais que sabem trabalhar dentro de uma comunidade".

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