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Tariq Aziz, o cortês diplomata que ganhou fama ao defender Saddam Hussein perante o mundo durante três guerras e que mais tarde foi sentenciado à morte por pertencer ao regime que matou milhares, morreu nesta sexta-feira aos 79 anos em um hospital ao sul do Iraque, informaram as autoridades.
Aziz morreu após ser transferido para o hospital al-Hussein na cidade de Nasiriyah, 320 quilômetros a sudeste de Bagdá, segundo o governador provincial Yahya al-Nassiri. Ele estava preso, à espera de sua execução.
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Aziz era o cristão de maior posto no regime de Hussein e foi o rosto internacional do regime durante anos, tendo ocupado os cargos de ministro das Relações Exteriores e vice-premiê. Em outubro de 2010, foi sentenciado à forca por perseguir membros dos partidos religiosos muçulmanos xiitas, que agora controlam o Iraque.
Um funcionário do governo de Bagdá informou sobre a morte de Aziz, pedindo anonimato. A religião de Aziz salvou-o da forca, destino que tiveram outros graduados membros do regime. Após a sentença de morte, o Vaticano pediu clemência, por ele ser cristão. O então presidente iraquiano, Jalal Talabani, recusou-se a firmar a sentença de morte, citando a idade e a religião dele.
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Antes de ser sentenciado à pena de morte, porém, já parecia que Aziz morreria na prisão. Ele já havia sofrido vários derrames, enquanto estava detido, e enfrentava acusações por vários crimes do regime.
Aziz foi julgado sete vezes, quase todas por crimes contra a humanidade relacionados às campanhas de Saddam contra partidos políticos xiitas e curdos. Ele deixa mulher e dois filhos, Ziad e Saddam, que vivem na Jordânia e que faziam campanha para que o pai tivesse autorização para receber tratamento médico fora do Iraque.
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