Cotidiano
Morreu em São Paulo, aos 96 anos, o jornalista, dirigente e entusiasta que seguia sendo o maior responsável pelo incentivo às competições amadoras de boxe: Newton Campos
Newton Campos é uma lenda do boxe brasileiro / DIVULGAÇÃO/ALESP
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A chama que iluminava o boxe amador brasileiro se apagou nesta segunda-feira (14). Morreu em São Paulo, aos 96 anos, o jornalista, dirigente e entusiasta que seguia sendo o maior responsável pelo incentivo às competições amadoras de boxe: Newton Campos.
Presidente da Febesp (Federação Paulista de Boxe) pela primeira vez há mais de 50 anos e no cargo de forma ininterrupta há mais de 30, Newton Campos seguia na ativa, como promotor da Forja dos Campeões, evento atualmente realizado no Esporte Clube Pinheiros e que é o principal celeiro de boxeadores do país.
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Foi este torneio, criado em 1941, que revelou, entre outros, Eder Jofre e Maguila. Newton Campos estava presente desde a primeira edição, quando era jovem repórter do jornal A Gazeta Esportiva, que criou o Forja. O evento depois passou às mãos da federação, sendo administrado por Newton, que perto dos 100 anos continuava atuando diretamente no evento e trabalhando como narrador.
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Com microfone em punho, foi por muitos anos comentarista de boxe, na Tupi e na Band. No jornalismo, foi repórter e editor da Gazeta Esportiva em uma carreira de 38 anos. Também foi vice-presidente do Conselho Mundial de Boxe, o que o permitiu viajar o mundo para acompanhar de perto algumas das maiores lutas da história. "Eu sou entusiasmado mesmo. Sem entusiasmo você não chega a lugar algum", disse Campos à Folha em um perfil publicado em 2019.
Natural de São Carlos, no interior de São Paulo, Newton Campos ainda fundou a Fesubox (Federação Sul-Americana de Boxe Profissional) e foi o único jornalista brasileiro presente no histórico combate entre Muhammad Ali e George Foreman, no Zaire, em 1974, do que muito se orgulhava.