Morador registra acidente recente no cruzamento, com a presença dos bombeiros / Arquivo Pessoal
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Imagine morar em um local onde, toda semana, você é surpreendido pelo barulho de uma batida ou pelos gritos de pessoas se xingando no trânsito? É essa a rotina relatada pelos moradores que residem ao redor do cruzamento das ruas Comendador Alfaia Rodrigues com a Sen. Lacerda Franco, no bairro Aparecida, em Santos. Eles reinvindicam alguma providência por parte do poder público.
Em conversa com a Reportagem do DL, um professor que mora em frente ao local - e que pediu para não ser identificado - conta que, há anos, os acidentes ali são corriqueiros. "Quase toda semana somos surpreendidos por barulhos de batidas. Isso quando não abrimos as janelas e vemos motoqueiros estirados no chão. Pessoalmente já vi ambulância capotar ali. É um horror", lembra.
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O aposentado Roberto de Moraes Rech, de 72 anos, reside há cerca de duas quadras do cruzamento e também presenciou ocorrências no local. "Um dia eu estava voltando do supermercado e vi uma batida entre dois carros. Na semana seguinte, acordei assustado por volta das 5 da manhã com o barulho de outra colisão. Mudei do bairro do Boqueirão para cá em 2019 e sempre foi assim", ressalta.
A auxiliar administrativa Letícia Gonçalves Sassaki, de 33 anos, mora no lugar desde quando nasceu, mas disse que os acidentes passaram a ser constantes de 2018 para cá, e que, segundo ela, a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) já foi procxurada.
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"Não sei o motivo, mas não era assim. Em 2018 começou um atrás do outro. E alguns são feios, de deixar os veículos bem amassados. Alguns moradores já falaram com gente da CET, mas eles alegam que não há tantas ocorrências. Talvez se algum deles morasse aqui, mudaria de opinião", diz.
Outro morador registra novo acidente recente/Arquivo Pessoal
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Para o professor essa resposta da CET aos munícipes pode se dar pelo fato de que muitas vítimas resolvem o problema ali mesmo, com o outro motorista, acionam seus seguros e vão embora, sem chamar a PM.
"É a única explixação, pois bem aqui perto, na esquina com a rua Liberdade, há uma rotatória, e lá os acidentes quase não ocorrem", finaliza.
Vereadora já tentou solução
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A vereadora Audrey Kleys (PP) fez um requerimento em agosto após munícipes a procurarem.
Em resposta ao DL ela disse que, no primeiro momento, não obteve devolutiva, e que agora em outubro ela optou por representar, e disse que o prazo para a resposta ainda não expirou. De qualquer forma, a vereadora disse que fará gestões junto à CET "para que a questão seja resolvida com uma rotatória, tão necessária no local".
Sobre o requerimento e a representação de Audrey, a Câmara de Vereadores de Santos disse que um processo foi aberto junto à CET, mas que ainda não há conclusão, e que eles estão aguardando a resposta para determinar que tipo de dispositivo poderá ser instalado no local, a fim de amenizar os transtornos com a segurança.
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Procurada pela Reportagem a CET informou que, "conforme análise e classificação de dados oriundos dos boletins de ocorrência registrados pela Polícia Militar no cruzamento da Rua Senador Lacerda Franco com a Rua Com. Alfaia Rodrigues, o local apresenta baixos índices de acidentes desde 2018. Dessa forma, o cruzamento não atende, no momento, os critérios mínimos para implantação de rotatória, de ondulação transversal (lombada), ou de outra intervenção mais rigorosa, onde o fator determinante é o excesso de velocidade e alto índice de acidentes".
A companhia esclarece, ainda, que o cruzamento está sinalizado com faixas destinadas a travessia de pedestres, linhas divisórias de fluxos opostos, legendas Pare e zebrados de estreitamento de pista, além de placas de regulamentação de parada obrigatória, cujas sinalizações apresentam boas condições de conservação.
Ainda assim, objetivando ampliar as condições de visibilidade e segurança dos condutores de veículos oriundos da Rua Comendador Alfaia Rodrigues ao transpor o cruzamento, a CET irá elaborar, ainda neste ano, projeto de proibição de estacionamento na Rua Lacerda Franco.
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