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Membros da comissão de moradores e trabalhadores da região do Rabo do Dragão – que se estende por toda a Rodovia Ariovaldo Viana, em Guarujá –, Edna Gonçalves do Carmo e Damião dos Santos Machado - disseram ontem, após participar de reunião na Prefeitura de Guarujá, que a Administração pediu uma semana para dar uma resposta sobre a possibilidade de conceder quatro veículos durante o dia e mais um no período noturno (entre 0h30 e 6h).
Procuradas para confirmar a informação, a Secretaria de Governo e a Diretoria de Trânsito de Guarujá informaram, por meio de suas assessorias de imprensa, que ouviram os pleitos dos moradores e propuseram que os problemas apontados sejam levados à Comissão de Transportes, na próxima semana. De acordo com as assessorias, “é necessário que as alterações no transporte público oferecido pela Translitoral (concessionária) sejam de acordo com as necessidades dos usuários daquela região, e não como o serviço era prestado anteriormente, que segundo a população já apresentava deficiência”.
A reunião ocorreu porque, no último sábado, por cerca de uma hora, 30 pessoas, com cartazes nas mãos, pararam o tráfego da Rodovia, em protesto pela retirada de veículos. Por pouco não houve um conflito entre os manifestantes e um motorista, que resolveu furar o bloqueio. A Guarda Municipal foi acionada. Representantes da Diretoria de Trânsito e da Secretaria de Administração estiveram no local para tentar liberar o tráfego, o que só ocorreu depois da chega da Imprensa.
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Desde abril, a empresa vem deixando apenas dois carros durante o dia, causando uma espera de no mínimo duas horas. O carro da noite foi cortado. Há dois meses, a empresa distribuiu um panfleto dentro dos ônibus sobre a mudança. De lá para cá, os moradores vem sofrendo para poder trabalhar, estudar enfim, transitar pelo município. Os moradores da região que já sofrem por falta de internet, iluminação pública, equipamentos de saúde e de segurança, agora estão sendo penalizados pela precariedade do transporte público.
A retirada de ônibus vem causando prejuízos irreparáveis aos usuários. Muitos estão perdendo consultas médicas, se atrasando no trabalho e na escola. Outros chegam ao serviço atrasados e estressados por serem obrigados a viajar de pé e apertados.