Cotidiano

Moradores do Macuco se queixam de baile funk na rua

Segundo relatos, a festa que vai até o amanhecer começa após o ensaio da Escola de Samba X-9

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 22/01/2015 às 10:43

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Todas as noites de terças e sextas-feiras têm se tornado motivo de preocupação para os moradores e comerciantes do bairro do Macuco. Após o ensaio da tradicional Escola de Samba X-9, que acontece na rua, entre a Avenida Siqueira Campos (Canal 4) e a Rua Rodrigo Silva, tem início um baile funk que, segundo a população local, anda literalmente tirando o sono dos moradores.

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Um cenário de brigas, barulho e sujeira é relatado pelos moradores que afirmam que a bagunça segue até o dia amanhecer.

De acordo com munícipes, a “Pioneira” esquenta os tamborins às 23h e segue até a 1h. Após isso, a escola de samba dá lugar ao baile onde, segundo os moradores, chega a ter até 3 mil pessoas.

“O problema não é a escola, apesar dela começar o ensaio muito tarde. Mas depois começa o baile funk e segue até altas horas. Você vê de tudo. É droga, é sexo e de manhã essas ruas ficam tomadas por lixo”, disse um morador da região que preferiu não se identificar.

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A preocupação maior é com a falta de segurança. De acordo com os habitantes do bairro, o baile é o mesmo que era realizado no Sambaiatuba, em São Vicente, onde, em outubro de 2013, o policial militar Leandro do Nascimento Carvalho foi morto e teve o corpo queimado.

“Durante a noite, o clima aqui é pesado”, diz outro morador. “Tem vindo muita gente desconhecida”, completou.

Moradores cobram posição da Prefeitura em relação ao baile funk no Macuco (Foto: Matheus Tagé/DL)

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Reclamações

A população questiona o poder público. Segundo eles, diversas reclamações já foram feitas para a Prefeitura, mas nenhuma providência foi tomada.

“A gente reclama e eles não fazem nada. Eles têm conhecimento do que está acontecendo aqui e deixam seguir”, relatou um morador.

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Além disso, não há policiamento. Segundo relatos, a polícia chegou a ir até o local, mas pessoas atiraram garrafas contra a viatura. “Ano passado também teve, mas a polícia só apareceu aqui nos últimos dias”, comentou um comerciante.

Agora, os moradores convivem com o receio de que, após o Carnaval, o baile permaneça. Em uma rede social há páginas, sem ligações com a escola de samba, que divulgam o evento, chegando a ter mais de 8 mil convidados.

Prefeitura diz que vai tomar providências

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Questionada sobre a situação enfrentada pelos moradores do Macuco, a Prefeitura respondeu que a Secretaria Municipal de Segurança entrará em contato com o comando da Polícia Militar no sentido de organizar uma força-tarefa para disciplinar o evento na rua e tentar acabar com os problemas relatados. Porém, não apontou data para a realização da força-tarefa.

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