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Após uma série de protestos realizados em Cubatão, a Prefeitura definiu a situação dos moradores residentes da Vila Caic, no bairro Vila Esperança. Eles terão que desocupar a área para dar sequência às obras de urbanização da Vila Esperança que serão realizadas com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do Governo Federal. A Prefeitura ainda informou que realizará ações individualizadas com as famílias ocupantes da Vila Caic, de acordo com a real necessidade de cada uma.
Segundo explicou o Poder Executivo cubatense, a Vila Caic terá que ser desocupada como determina o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado com o Ministério Público.
Um encontro entre representantes da Prefeitura, do coordenador do PAC em Cubatão, das polícias militar e ambiental, com moradores da Vila Caic, ocorreu na tarde desta quarta-feira (31), no Paço Municipal, e deu fim ao imbróglio.
Segundo o secretário de Assuntos Jurídicos, Paulo Toledo, o trabalho de desocupação da área terá sequência. “A urbanização da Vila Esperança é um processo irreversível, que beneficiará mais de 11 mil famílias. Não podemos pôr em risco um investimento de mais de R$ 268 milhões do PAC neste projeto habitacional, um dos principais do País”.
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De acordo com o padeiro Wendel Nascimento, que reside na Vila Caic desde 2010, a medida apresentada pela Prefeitura dá esperança aos moradores. “Agora, temos 1% de chance de termos uma casa própria. É pouco, mas já é alguma coisa, as esperanças aumentam e o pessoal pode dormir um pouco tranquilo”.
Segundo Nascimento, após o encontro na Prefeitura, os moradores da Vila Caic iniciarão um mutirão no núcleo. “Vamos passar de porta a porta e ver os barracos que não estão ocupados. Esses serão marcados e mostraremos para a Prefeitura. Assim, eles poderão demolir os marcados”, pontua.
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O padeiro afirma que os moradores da Vila Caic estão cientes e concordam que terão que desocupar a área. “Nós temos total ciência que estamos em local errado. Mas, questionamos porque não fiscalizaram quando teve início a ocupação? Agora, é fácil ir lá e tirar os moradores. A nossa preocupação é para onde vamos, não temos casas para ir”.