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O ministro das Relações Exteriores do Irã disse nesta sexta-feira (15) que está esperançoso com as negociações internacionais sobre o programa nuclear iraniano, mas voltou a defender o reconhecimento do que ele chama de "direitos nucleares". O Irã e o grupo de seis potências mundiais (também conhecido como P5+1) não chegaram a um acordo no último final de semana, e uma nova rodada está marcada para começar em 20 de novembro, também em Genebra.
"Estou sempre esperançoso. Não é possível seguir em frente sem esperança", disse o chanceler, Mohammad Javad Zarif, à agência de notícias Fars. "É claro que ter esperança não nos isenta de ficar com os olhos abertos", completou.
O Irã e os Estados Unidos culpam um ao outro pelo fracasso da primeira fase de negociações para chegar a um acordo que limitaria o enriquecimento de urânio de Teerã em troca do fim das sanções ocidentais. Mesmo assim, há expectativas positivas de que na próxima rodada as partes possam avançar numa resolução pacífica para o impasse nuclear que já dura uma década.
A comunidade internacional acusa Teerã de desenvolver um programa nuclear com fins militares, mas o Irã insiste que seu programa nuclear é exclusivamente para produção de energia e pesquisa médica - e, por isso, se recusa a abandonar completamente o enriquecimento de urânio.
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Washington
Já a embaixadora dos Estados Unidos na Organização das Nações Unidas, Samantha Power, disse que a administração de Barack Obama precisa de mais tempo, sem novas sanções, para buscar um acordo com o Irã sobre a questão nuclear. "Temos que testar este regime", afirmou, em referência ao novo governo iraniano. Segundo ela, um dos principais obstáculos a um acordo é a "geração de suspeitas" entre os dois países.
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