Cotidiano

Milícias pró-governo retomam maior base do país com ajuda de sauditas

A retomada do controle da instalação militar é mais um avanço dos aliados do governo, que têm o apoio da coalizão liderada pela Arábia Saudita

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 04/08/2015 às 14:02

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As forças aliadas ao governo instituído do Iêmen retomaram nesta terça-feira (4) a base de Al Anad, no sul do país, dominada desde março pelos rebeldes xiitas houthis.
A retomada do controle da instalação militar é mais um avanço dos aliados do governo, que têm o apoio da coalizão liderada pela Arábia Saudita, e uma derrota para os insurgentes apoiados pelo Irã.

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A captura da base foi o resultado de 24 horas de ataques das milícias governamentais. Eles receberam armamento fornecido pelos sauditas, que incluiu lançadores de foguetes e tanques de guerra.

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Militares iemenitas disseram que os soldados da coalizão deram assistência aos milicianos para operar o armamento mais sofisticado. O jornal "The New York Times" diz, porém, que as tropas também participaram dos combates.

Desde domingo (2), os soldados da coalizão patrulham Áden, segunda maior cidade do Iêmen e que fica a 60 km de Al Anad. A cidade foi retomada pelo governo depois de quatro meses de confrontos com os houthis.

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O conflito destruiu edifícios e a infraestrutura da cidade, em especial o fornecimento de água e energia elétrica. O aeroporto foi reaberto em 22 de julho e já recebe aviões com ajuda humanitária.

Drones

Antes de ser capturada pelos houthis em março, Al Anad era usada como base para as tropas dos EUA lançarem ataques contra áreas dominadas pela Al Qaeda na Península Arábica, filial da rede terrorista no país.

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A instalação é considerada estratégica por ficar no caminho entre Áden e a capital Sanaa, dominada pelos houthis. O controle da região é mais um passo para a volta do presidente Abdo Rabbo Mansour, no exílio desde março.

Os houthis ainda não se pronunciaram sobre a perda da base militar. A imprensa iemenita afirma que os rebeldes xiitas estão sobrecarregados e desarmados depois de mais de um ano de conflito.

Seu líder, Abdelmalik al-Houthi, afirmou no domingo (2) que a derrota em Áden era "temporária" e que a localidade seria recuperada. Além de Sanaa, os houthis ainda dominam o norte iemenita.

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De acordo com a ONU, a guerra no Iêmen deixou mais de 4.000 mortos, metade deles civis, e 80% da população de 21 milhões de habitantes precisa de ajuda.

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