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Milhares de ativistas da oposição russa marcharam por Moscou nesta quarta-feira, criticando o estilo de governo autoritário do presidente Vladimir Putin e pedindo a libertação de quase 30 pessoas, consideradas prisioneiros políticos.
A passeata no Dia da Rússia, um feriado nacional, teve como objetivo mostrar o apoio a 27 pessoas que foram detidas depois que um protesto se tornou violento, na véspera da posse de Putin, mais de um ano atrás. Dezesseis dos acusados continuam presos aguardando julgamento por acusações que podem condená-los a até 10 anos de cadeia.
As prisões, especialmente de russos comuns que participavam das manifestações pela primeira vez e que em alguns casos parecem ter sido apanhados ao acaso, indicam que o Kremlin quer impedir as pessoas de participar de futuros protestos contra o governo.
Estimativas indicam que entre 10 mil e 15 mil manifestantes saíram às ruas nesta quarta-feira, número bem menor do que os 100 mil ou mais que protestaram contra Putin antes de sua terceira eleição, o que reflete a cautela que tomou conta do movimento de protesto, embora a participação tenha sido maior do que muitos haviam esperado.
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"Não podemos ficar em casa quando o governo comece a reprimir cidadãos comuns e decentes de nosso país, pessoas que não querem viver nesse pântano, pessoas que querem ser seu país prosperar", declarou o ativista Vitaly Zolomov. "E eu acredito, e isso é algo que eu digo a todos, que é um crime ficar à margem num país onde a ilegalidade se transformou numa norma."
O líder opositor Alexei Navalny e sua mulher lideraram as marchas, carregando uma faixa laranja na qual estava escrito "Liberdade para os prisioneiros de 6 de maio. Por sua liberdade e pela nossa."
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Navalny, que é conhecido por fazer campanha contra a corrupção, é réu num caso separado no qual é acusado de fraude quando atuava como conselheiro de um governador de província. Ele afirma que as acusações são uma punição por ter exposto o alto nível de corrupção no governo e por sua campanha contra Putin e seu partido.