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Dezenas de milhares de manifestantes contrários à intervenção do governo russo na Crimeia protestaram no centro de Moscou neste sábado, apenas um dia antes da realização do referendo que vai decidir sobre a incorporação ou não da república autônoma pela Rússia. O protesto é a maior demonstração contra a administração do presidente Vladimir Putin desde 2012.
Perto dali, outras milhares de pessoas para apoiar a atuação russa na península. Os manifestantes agitavam bandeiras da Ucrânia e da Rússia, enquanto os ativistas opositores, incluindo duas integrantes da banda punk Pussy Riot, gritavam "Diga não à guerra!" e "Putin, vá embora!". Faixas diziam "Para sua e para nossa liberdade!".
O referendo na Crimeia previsto para este domingo (16) foi altamente condenado e considerado ilegítimo por grande parte da comunidade internacional. Enquanto tropas militares fortemente armadas (aparentemente sob comando russo) têm efetivamente tomado o controle da península, um referendo sobre a sua incorporação é criticado como sendo mera formalidade.
Apesar de dados oficiais afirmarem que a avaliação de Putin só aumentou desde o anúncio do uso das forças russas na Ucrânia, o protesto deste sábado demonstra a insatisfação de boa parte da população. Nenhum dos canais de televisão estatais da Rússia mostrou as imagens dos manifestantes contrários ao governo.
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