Na pesquisa, moluscos bivalves (como ostras e mexilhões) foram usados como sentinelas para monitorar o nível da contaminação / Beatriz Zachello Nunes
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Nem mesmo as áreas marinhas protegidas do Brasil estão livres da contaminação por microplásticos. Esses territórios são considerados verdadeiros santuários da biodiversidade.
Um estudo revelou que, mesmo em ambientes onde a entrada de humanos é extremamente restrita, a presença da substância foi detectada.
Na pesquisa, moluscos bivalves (como ostras e mexilhões) foram usados como sentinelas para monitorar o nível da contaminação.
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Outras espécies também sofrem com essa questão. Não só o camarão, mas cações pescados no litoral também estão contaminados.
Vale ressaltar que o material foi publicado na revista Environmental Research e contou com a participação ativa de pesquisadores brasileiros, além do apoio de entidades renomadas no fomento à ciência.
Mesmo sem a presença de turistas ou qualquer outro tipo de atividade econômica, os microplásticos ainda chegam ao local.
De acordo com especialistas, esses resíduos podem ser transportados pelo vento ou pelas correntes oceânicas.
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Em suma, os microplásticos são formados por partículas que variam de 1 micrômetro (1 μm) a 5 milímetros (5 mm).
Na lista, incluem-se tanto fragmentos de materiais maiores quanto em itens já produzidos nesse tamanho.
Na pesquisa, a distribuição dos microplásticos foi a seguinte: polímeros alquídicos (28,1%), celulose (21%), polietileno tereftalato (PET) (14%) e politetrafluoretileno (12,3%).
Além disso, cerca de 40,6% dos microplásticos encontrados não puderam ser identificados de forma conclusiva.