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O professor de Matemática Nelson Imagore, de 48 anos, não precisou fazer muitas contas para deixar o carro na garagem e ter uma rotina menos estressante em São Paulo. Morador da Vila Sônia, na zona sul da capital, ele trocou o trânsito congestionado da cidade pelas viagens de metrô, como mais da metade dos passageiros da companhia.
De acordo com uma pesquisa feita pela Companhia do Metropolitano (Metrô) em 2014, 63% dos 4,7 milhões de passageiros transportados diariamente têm carro em casa, mas preferem os trilhos. A companhia ouviu 7 mil passageiros. A pesquisa mostra ainda que nem os que não têm carro trocariam o automóvel pelo metrô se pudessem, uma vez que 74% das pessoas com esse perfil também preferem os trilhos.
"O metrô é lotado, as estações têm cada vez mais gente, mas a viagem é mais curta. Eu consigo me programar. É claro que os motoristas querem usar o metrô. O resultado da pesquisa é óbvio" afirmou Imagore, que criticou o planejamento do poder público em expandir o transporte público. Hoje, o metrô de São Paulo tem 74 quilômetros de extensão.
O professor de Matemática trabalha na Vila Mariana, zona sul da cidade. Na volta para casa, se optasse pelo carro, demoraria cerca de uma hora e meia até a Vila Sônia.
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A psicóloga Nathalia Gimenez, de 25 anos, fez a mesma conta. "É tanto tempo dentro do carro que chega a doer o corpo ficar sentada esse tempo todo", disse a passageira, que mora ao lado da Estação Guilhermina-Esperança, da Linha 3-Vermelha, zona leste. e leva 40 minutos de metrô até o trabalho, no Paraíso, zona sul. De carro, a viagem levaria duas horas.
"Os passageiros escolhem ter tempo, em detrimento do conforto do ar-condicionado", explicou Cecília Guedes, chefe do Departamento de Relações com o Cliente do Metrô.
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A pesquisa revela ainda que 46% desses passageiros deixam o carro em casa justamente pela maior velocidade do transporte sobre trilhos.
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