Cotidiano

Merkel não acredita em avanço nas negociações entre Rússia e Ucrânia

Questionada sobre a possibilidade da Rússia invadir o território ucraniano, a chanceler disse apenas que a situação na Ucrânia é "muito frágil"

Publicado em 24/08/2014 às 12:59

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A chanceler alemã, Angela Merkel, descartou que o encontro entre o presidente ucraniano, Petro Poroshenko, e o presidente russo, Vladimir Putin, na próxima terça-feira (26), possa resultar em um grande avanço nas negociações para o fim do conflito entre os dois países. Em entrevista um dia após a sua visita a Kiev, Merkel considerou, no entanto, que o encontro entre os dois líderes é importante para a busca de uma solução pacífica.

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"Minha viagem a Kiev também visava preparar esse encontro, que certamente não vai trazer um grande avanço, mas é importante porque o diálogo entre os dois países é necessário se quisermos encontrar uma solução para o conflito", afirmou Merkel.

Questionada sobre a possibilidade da Rússia invadir o território ucraniano, a chanceler disse apenas que a situação na Ucrânia é "muito frágil". Merkel declarou ainda que acredita que somente uma solução política poderá resolver o conflito. Ao longo dos últimos meses, a Alemanha tem insistido numa solução diplomática para o conflito e disse que a porta das negociações com Moscou deve permanecer aberto apesar das sanções econômicas impostas à Rússia.

Merkel considerou, no entanto, que o encontro entre os dois líderes é importante para a busca de uma solução pacífica (Foto: Gero Breloer)

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Na entrevista, Merkel voltou a salientar a necessidade de uma solução segura também para a Rússia. "Eu quero encontrar uma maneira, assim como outros líderes, de não danificar a Rússia. Queremos ter boas relações comerciais com a Rússia. Nós dependemos uns dos outros", afirmou.

O conflito entre os dois países se intensificou nos últimos dias, depois que um comboio de caminhões russos ultrapassou sem autorização a fronteira com o leste da Ucrânia. O governo de Moscou alega que o comboio transporta ajuda humanitária. A Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) acusou forças russas de agirem dentro do país. No entanto, segundo a chanceler alemã, uma possível entrada da Ucrânia na OTAN não está prevista na agenda dos países ocidentais. 

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