Cotidiano

Merkel exige endividamento zero até 2015

Segundo a chanceler, a aliança CDU/CSU fará "tudo o que for possível" para moldar um salário mínimo de uma maneira que os empregos não sejam afetados.

Publicado em 21/11/2013 às 15:32

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A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, está insistindo no plano de cortar o endividamento líquido do país para zero em 2015. A exigência foi feita durante a rodada de negociações para formar uma coalizão de governo entre o bloco de centro-direita de Merkel e o partido social-democrata (SPD), que continua nesta quinta-feira. "A condição para concordarmos em uma grande coalização de governo é não fazermos novos empréstimos a partir de 2015, com o objetivo de diminuir a dívida total", disse Merkel durante discurso em uma conferência econômica em Berlim.

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Merkel admitiu que a sua orientação e a da sua coalização - União Social Cristã (CSU) e União Democrata Cristã (CDU) - é mais pró-mercado e precisa fazer concessões para o SPD. Ela ainda defendeu a aliança como "a melhor opção para a economia alemã".

A chanceler disse que os conservadores terão de aceitar a demanda do SPD, que exige um salário mínimo nacional. Segundo Merkel, a aliança CDU/CSU fará "tudo o que for possível" para moldar um salário mínimo de uma maneira que os empregos não sejam afetados.

Durante o discurso, a primeira-ministra da Alemanha rejeitou novamente as críticas dos Estados Unidos e União Europeia sobre os elevados níveis de superávit comercial do país. Ela argumentou que as fortes exportações alemães não são devido aos baixos salários. "É um conto de fadas que os trabalhadores do setor de exportações são mal pagos", afirmou.

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Merkel admitiu que a sua orientação e a da sua coalização - União Social Cristã (CSU) e União Democrata Cristã (CDU) - é mais pró-mercado e precisa fazer concessões para o SPD (Foto: Gero Breloer)

O partido de Merkel também insiste durante as negociações da coalização para que não haja aumento de impostos no novo governo, com o objetivo de não prejudicar futuros investimentos e gastos dos consumidores. A orientação vai em confronto ao esperado pelo SPD, que planeja bilhões de dólares em gastos extras.

A chanceler também se mostrou otimista sobre a crise na zona do euro e disse que Irlanda e Espanha estão no caminho certo para ter êxito com os seus programas, enquanto Portugal "está em muito, muito bom caminho".

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Acordo

Os partidos já chegaram a um acordo sobre a regulação do mercado financeiro e também sobre as metas orçamentárias para o próximo governo. Medidas como o combate à especulação e aumento da resiliência do mercado estão em consenso entre os partidos.

As partes também concordam em proteger tipos especiais de credores, como pequenos bancos privados, caixas econômicos e caixas de promoção. A Fiscalização Financeira da Alemanha será requisitada para garantir que essas instituições sejam respeitadas, já que o Banco Central Europeu (BCE) assume como supervisor em 2014.

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As partes também concordaram em proteger os tipos especiais de credores, como pequenos bancos privados, caixas econômicas e caixas de promoção, de supervisão bancária europeia. O órgão de fiscalização financeira da Alemanha (BaFin) será solicitado para garantir que esses bancos "particularidades serão respeitados", na prática, uma vez que o Banco Central Europeu assume como supervisor no próximo ano, de acordo com o documento coalizão visto pelo The Wall Street Journal.

"Os pontos críticos ainda estão por vir", destacou o secretário geral do CSU, Alexander Dobrindt. Já Andrea Nahles, do partido de centro-esquerda PSD está otimista no acordo, mas disse que "o nervosismo aumentou". 

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