Cotidiano

Mediadoras escolares querem se manter no trabalho em Santos

A cidade possui cerca de 400 que prestam serviços nas escolas

Carlos Ratton

Publicado em 12/05/2020 às 07:15

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A função pedagógica de mediador é fundamental aos alunos / Divulgação

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Em uma carta aberta enviada à Prefeitura de Santos, uma comissão de mediadores escolares está solicitando a continuidade do trabalho até o final deste ano, por acreditarem ser necessário para a inclusão em todos os âmbitos sociais, principalmente, nesse cenário de pandemia, onde há pais e responsáveis que estão na aprendizagem dos filhos. Santos possui cerca de 400 profissionais nessa área que prestam serviços nas escolas.

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"Infelizmente, devido à pandemia do coronavírus, as aulas se tornaram remotas. E como é tácito e expresso a todos, a educação pública deve atingir 100% dos alunos conforme dispõe o Ministério da Educação (MEC). Nosso questionamento é baseado no bem estar e no desenvolvimento contínuo de como iremos atingir os alunos de inclusão social, se não por intermédio de seus mediadores de Inclusão Escolar", informam na carta.

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A função pedagógica de mediador é fundamental aos alunos especiais que a rede pública de Santos, em torno de 1.050 estudantes. Os mediadores acreditam que há como manter o trabalho diferenciado, que inclui crianças com deficiência ou superdotadas, crianças da rua ou crianças que trabalham, crianças de populações imigradas ou nômades, crianças de minorias linguísticas, étnicas e culturais, além de crianças de áreas ou grupos desfavorecidos ou marginais no âmbito escolar.

Para ratificar a legitimidade do pleito, as mediadoras apontam deliberações municipal, estadual, nacional e internacional.

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"Destacamos que os mediadores têm extrema importância no processo de ensino-aprendizagem. No dia a dia da sala de aula, por mais que os conteúdos estejam sob a responsabilidade do professor titular, o mediador acaba atuando de forma ativa e detalhada nas vivências e nas práticas pedagógicas. Não são apenas experiências teóricas, mas sociais, comportamentais e afetivas que estabelecem suma importância para que os alunos com algum tipo de deficiência possam estar, cotidianamente, incluídos", defendem na carta.

AEE

Esclarecem que os profissionais de Atendimento Educacional Especializado (AEE), embora tenham seu papel indispensável, não possuem as mesmas obrigações que os mediadores, pois os últimos atendem com exclusividade cada aluno que lhe é delegado. "Convivendo, diretamente, com a criança atendida, o mediador é totalmente apto a identificar como o aluno se apresenta para a aula, pois é sabido que, apesar das patologias terem nomenclaturas similares, elas são manifestadas em diferentes formas nos seres humanos", explicam os mediadores, no documento.

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Sugestões

Os mediadores revelam que podem atuar diretamente com o professores desenvolvendo projetos práticos que alcancem as inclusões. Também que aulas, sejam elas em plataforma online ou em projetos impressos, possam ser adaptadas para cada aluno, individualmente, respeitando as deficiências de cada indivíduo atendido.

Também propõem atividades lúdicas, jogos e brincadeiras individualizadas, através de videoconferência, onde as crianças atendidas possam ser acolhidas e educadas também por seus pais, proporcionando assim àquelas famílias a inclusão em sua totalidade.

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Ainda sugerem que a Seduc, por intermédio de seu Departamento Pedagógico, continue com as formações para os mediadores, visto que nos meses de março, abril e maio não foram realizadas, podendo inclusive, essas formações se darem através de via remota.

A Comissão enviou carta também a todos os vereadores. O documento foi lido na sessão online da última quinta-feira (7) e, segundo informações, teve o respaldo de pelo menos sete parlamentares. Procurada, a Prefeitura de Santos informou que os técnicos da Seduc estão sendo analisando a situação.

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