Cotidiano

'Maré vermelha' coloca praias do Litoral de SP em alerta; entenda os riscos

Fenômeno está sendo monitorado por satélites e ainda não gerou restrições ao consumo de pescado

Luana Fernandes

Publicado em 13/02/2025 às 11:02

Atualizado em 13/02/2025 às 12:30

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A Maré Vermelha pode causar intoxicação, náuseas, vômitos, diarreias, dores abdominais, tonturas e dores de cabeça / Divulgação/Cetesb

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Em meados de janeiro, o fenômeno conhecido como “maré vermelha” voltou a preocupar especialistas no Litoral de São Paulo. Regiões de São Sebastião e Ilhabela já registram o deslocamento da mancha vermelha.

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Esta “maré vermelha” é produzida pela alta concentração de Mesodinium rubrum, um micro-organismo capaz de impactar o ecossistema marinho. O fenômeno é acompanhado por satélites do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que alerta que, em grande quantidade, a alga pode causar a falta de oxigênio na água, o que é um risco para a vida aquática.

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Um grupo de trabalho intersecretarial do governo de São Paulo - que inclui a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) - também acompanha o caso. Segundo a companhia, a grande mancha já se dissipou, mas o monitoramento continua. Não há, até o momento, restrição ao consumo de mexilhões e outros frutos do mar no Estado e alerta de floração de microalgas no litoral.

O primeiro registro feito pelos satélites do Inpe aconteceu no dia 10 de janeiro. No dia 15, a mancha estava em dois pontos, próximos a São Sebastião e Ilhabela. Cinco dias depois, a maré vermelha ocupava uma grande extensão da costa, entre as duas cidades, chegando até o arquipélago de Alcatrazes.

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Ainda segundo o Inpe, embora o Mesodinium não seja tóxico, esse organismo serve de alimento para plânctons do gênero Dinophysis, que podem produzir toxinas perigosas para a saúde humana. Em 2016, uma floração dessa alga levou ao embargo do consumo de ostras e mexilhões no litoral paulista.

Um grupo de trabalho do governo paulista, integrado pelas secretarias de Saúde, Agricultura e Abastecimento e Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística, que acompanha as florações de microalgas, recomenda que a população evite nadar ou praticar esportes náuticos em locais com manchas de coloração suspeita, já que algumas pessoas podem apresentar coceiras e irritação na pele.

O que diz as prefeituras?

A Prefeitura de São Sebastião diz ter participado, no último dia 4, de uma coleta de mexilhões na Praia de Toque-Toque Grande e na Praia da Cigarra, em parceria com a Coordenadoria de Defesa Agropecuária, do governo estadual, com a finalidade de manter o controle higiênico-sanitário dos mexilhões destinados ao consumo humano. A análise confirmou a predominância do Mesodinium rubrum, que não é tóxico, “mas reforça a necessidade de monitoramento contínuo para prevenir impactos ambientais e riscos à saúde pública”.

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Já a Prefeitura de Ilhabela informou que acompanha o deslocamento da mancha e que, de acordo com o grupo de trabalho intersecretarial, até agora não foram identificadas algas tóxicas nos materiais coletados. Ainda assim, o município reforça a recomendação de evitar nadar ou praticar esportes náuticos em locais com manchas de coloração suspeita.

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